Uriah Heep |
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Inglaterra |
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| Revisto por: Renato Glaessel | Nota:8.0 |
| Acho que a imensa maioria dos verdadeiros f�s da banda n�o tinha uma grande expectativa em rela��o a esse novo trabalho, apenas, talvez, curiosidade, ou mesmo a d�vida em rela��o ao resultado, j� que em tempos onde, paradoxalmente, artistas n�o esperam rendimentos atrav�s de novos trabalhos, qual seria o interesse do Heep em produzir novas can��es ? Confesso que n�o sei se o faria.
O �lbum nasce baixo a sombra da recente sa�da de Lee Kerslake, pode parecer pouca coisa, afinal o Lee nunca foi um grande compositor ou mesmo refer�ncia para a banda, mas o fato � que sua figura estar� para sempre imortalizada na mem�ria dos f�s, s�o vinte e cinco anos na ativa, convenhamos, n�o � pouco, sobra espa�o para o projeto Lawton+Hensley+Kerslake. O que mais surpreende nesse novo disco, ao menos para mim, � a vitalidade, a energia, n�o sei de onde tiraram tanta, ap�s uma abertura que lembra bastante a "Roll Overture" do Head First come�a a pauleira, "Overload" tem todos os ingredientes para tornar-se figurinha f�cil nos shows da banda, composi��o forte, vocais lancinantes e um hammond furioso, cortesia de Lanzon que assina mais de 80% das composi��es, "Tears of the World" e "Light of a Thousand Stars" seguem mais ou menos no mesmo esp�rito, a abordagem varia um pouco, acerca de temas como a condu��o de nossas pr�prias vidas, o orgulho da terra natal, o isolamento, enfim, o �lbum n�o est� centrado em nenhum tema espec�fico mas esbanja coes�o e sobriedade, coisas da maturidade. Bernie Shaw cumpre muito bem seu papel, � um bom vocalista e at� possui um certo carisma mas n�o consegue fazer a "diferen�a" que outros fizeram no passado, o novo baterista Russel Gillbrook tamb�m faz sua parte, devidamente engessado pela banda, ele toca exatamente como Kerslake o faria, da� a gente entende que o problema com Kerslake pudesse ocorrer durante as tourne�s, quem sabe? Mick Box e Trevor Bolder s�o os mesmo de sempre, rigorosamente n�o produzem nenhum tipo de surpresa, absolutamente nada de novo, a m�sica segue governada pela m�o de ferro de Mick que nunca ir� abandonar suas convic��es, bom para os f�s.Bom para os f�s ? Na verdade n�o sei e esse � exatamente o ponto onde "Wake The Sleeper" escorrega e demonstra a falta que Hensley ainda faz � banda, n�o h� surpresa, n�o h� o inusitado, o interl�dio ou a introdu��o ac�stica, uma quebrada na melodia? Nem pensar. Mick n�o permitiria. Falta tamb�m uma grande dose de emotividade nas interpreta��es, ok eu n�o preciso ouvir "Rain" novamente mas tocar a alma das pessoas � sempre indicado, falta Hensley novamente. De qualquer forma o novo �lbum atende � expectativa de quem esperava por novas m�sicas dessa forma��o, a� est�o, e n�o fazem feio. Longa vida ao Uriah Heep. |