Klaus Schulze |
 |
Alemanha |
| |||||||||||
|
| Clique aqui para Ficha Tecnica |
| Revisto por: Renato Glaessel | Nota:10.0 |
| O ano de 2008 guardava uma imensa surpresa para o seu final.
Depois de muita preocupa��o por parte dos f�s, acerca da sa�de do mestre, eis que Rheingold nos apresenta um Klaus totalmente renovado, de uma simplicidade emocionante, t�pica dos grandes nomes das artes, aos quais a responsabilidade parece n�o pesar sobre os ombros nem comprometer sua intelig�ncia e percep��o da realidade. O pr�prio Klaus nos informa o tempo que passou fora dos palcos e sua frustra��o com os �ltimos espet�culos, n�o � novidade para ningu�m o pouco caso com que hoje grandes artistas s�o tratados e recebidos, foram dez longos anos e seus filhos nunca haviam assistido a nenhum de seus shows. A abertura emociona, ap�s o show do Tangerine Dream e toda a sua parafern�lia tecnol�gica o mito entra no palco, corpo um pouco curvado, terno e palet� sem gravatas, agradece ao p�blico emocionado, faz uma breve descri��o daquilo que ser� o show e se dirige aos teclados, o Big Moog est� l�, nas costas, na frente os mini moogs, emuladores, sequencers , outros teclados e um Mac para as programa��es. As evolu��es sempre lentas, as refer�ncias l�ricas � Wagner est�o por toda a parte e o mestre completamente mergulhado nos synths para uma plat�ia extasiada e hipnotizada. Compreender esse momento exige mesmo grande eleva��o musical e espiritual e isso essa plat�ia tinha de sobra. S�o quase duas horas de m�sica com algumas participa��es de Lisa Gerrard, com visual de diva da �pera-segundo as palavras do pr�prio Schulze-, que trazem um estranho colorido � musica de Schulze, mas enfim � um novo colorido, embora os vocais j� tenham sido muitas vezes experimentados pelo mestre outrora. Nos intervalos das m�sicas Schulze n�o esconde sua emo��o por estar ali, na frente de todos e inclusive conversa com a plat�ia e discute possibilidades para os n�meros seguintes. No total s�o cinco n�meros, com bel�ssima ilumina��o e filmagem impec�vel. O DVD 2 quase merece uma resenha em separado, na primeira parte ele chega � Inglaterra para mixar o DVD no Real Word Studio de propriedade de Peter Gabriel, o est�dio � absolutamente espetacular e com possibilidades t�cnicas que nem o pr�prio Schulze compreende, e n�o tenta esconder isso. L� s�o gravadas entrevistas longas onde ele fala sobre o futuro de shows, vejam s�, na Pol�nia e na pr�pria Alemanha, o re-lan�amento dos boxes de cds pela SPV e claro o pr�prio DVD, tamb�m conta sobre o vale de Lorelei �s marges do Reno, cen�rio para diversas obras de Wagner e o incentivo que isso propiciou. Na sequencia temos uma hora de bate papo com Steve Wilson que se revela um grande f� e conhecedor da obra de Schulze, n�o esque�amos do projeto No-Man que tem muito de eletr�nico e todo o envolvimento de Steve em projetos eletro-psicod�licos como o I.E.M. para ficar em apenas um exemplo. Na parte t�cnica o DVD � arrasador, com DTS e qualidade de �udio brutal, nada a discutir aqui. Fica a imagem de um homem e sua m�sica, da recupera��o em suas cren�as e vislumbre de um novo horizonte, qui�� em terras brasileiras, afinal sonhar � permitido. Que esse seja o primeiro de muitos novos trabalhos e que o mestre siga nos emocionando com seu talento e vibra��es musicais. Irrepreens�vel, emocionante e obrigat�rio. Abs Glaessel |