Shub Niggurath |
Fran�a |
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Revisto por: Renato Moraes | Nota:9.0 |
Shub Niggurath
O Bode Negro da floresta O dem�nio das mil crias (H.P. Lovecraft) Com o nome da banda e de algumas faixas tirados das hist�rias de Howard Philippe Lovecraft, a banda francesa Shub Niggurath conseguiu produzir algumas das composi��es mais sombrias, macabras e tenebrosas de toda a hist�ria do rock progressivo, sendo somente superadas pelo disco Heresie do Univers Z�ro. Introduction, recentemente lan�ado pelo selo Soleil Zeuhl, coloca pela primeira vez em CD oficial o primeiro cassete da banda gravado e lan�ado em 1985 (no CD Franck Fromy diz que a grava��o � de 1982, mas ele est� errado) para dar suporte � primeira excurs�o francesa da banda. A forma��o da banda � bastante inusitada, com Alain Ballaud no baixo, Franck Coulaud na bateria, Franck Fromy na guitarra e percuss�o, Jean-Luc Herv� no piano e harmonium, Ann Stewart nos vocais e V�ronique Verdier no trombone. Yog-Sothoth a faixa de abertura inicia-se com o baixo, o trombone e o harmonium em crescendo, no in�cio quase inaud�vel, mas o burburinho toma corpo e torna-se algo com corpo , for�a e energia perturbadora, at� o piano se juntar a eles com notas baixas pin�adas aqui e ali e a guitarra emitindo pequenos ru�dos.A banda entra na m�sica, de forma bomb�stica, e dirigida por vocais oper�ticos em un�ssono com o trombone. A guitarra torturante emite grunhidos e ganidos, a voz do dem�nio Yog-Sothoth! A m�sica cresce com solos de guitarra distorcidos enquanto Ann Stewart, atrav�s da sobreposi��o de grava��es, se une em coro crescente, representando o s�quito do dem�nio que repete seu nome em rever�ncia � criatura maligna: Yog-Sothoth! Yog-Sothoth! Yog-Sothoth! Yog-Sothoth! Entresol come�a com murm�rio grave de quase um minuto, a banda abre com acordes de guitarra, baixo pesado junto com a bateria explorando os pratos splash. � a faixa mais crimsoniana da banda, muita energia e bela dobradinha entre trombone e baixo. Introduction come�a com gritos apavorantes e � um ensaio de piano, vozes e percuss�o. Barback � a faixa mais longa, com pouco mais de 15 minutos. Essa � a faixa que mais representa o �estilo� Shub Niggurath! A faixa come�a com os instrumentos lentos, mas com grande densidade sonora; em pulsos a composi��o cresce e atinge alguns momentos de cl�max, em que guitarra alterna dedilhados com solos distorcidos. A delicadeza dos vocais de Ann se contrap�e ao som pesado do trombone de Veronique, entre sess�es de tens�o e al�vio, a banda dirige a composi��o ao seu final soturno e magn�fico. In memoriam tem som pesado, ataques nas teclas graves do piano, junto com trombone e baixo, criando clima tenso e sombrio, enquanto os dedilhados r�pidos no piano aumentam a tens�o, que vai diminuindo progressivamente enquanto as mem�rias se esvaem. Muitos associam a banda Shub Niggurath ao Zeuhl. Eu acho isso pouco preciso, a bateria e o baixo n�o t�m aquela pequena retumbante e quase marcial do Magma, a bateria � bem mais free e o baixo bem distorcido acompanhando a guitarra torturante de Franck Fromy. Mesmo assim para quem gosta de magma, Art Zoyd, Present e Univers Z�ro, Shub Niggurath � imperd�vel. Os tapes originais est�o perdidos e esse CD foi copiado a partir de um cassete, retrabalhado e masterizado por Udi Koomran e ficou com o som muito bom. Esse CD � uma obra prima resgatada das catacumbas. Parab�ns ao Alain Lebon por lan��-lo. Na carreira do Shub Niggurath esse disco s� foi deixado para tr�s pelo exuberante Les Morts Vont Vite e se voc� gosto do estilo ou da banda, n�o perca essa maravilha. 1. Yog-Sothoth (11:27 ) 2. Entresol (5:48) 3. Introduction (3:22) 4. Barback (15:16) 5. In Memoriam (5:22) Total Time: 41:15 Franck William Fromy - guitarras, percuss�o Franck Coulaud - bateria Allain Ballaud � baixo Jean-Luc Herv� - harmonium, piano Ann Stewart � vocais V�ronique Verdier - trombone |