Em 1977 o Rush decide mudar algumas orienta��es em seus trabalhos, para come�ar resolvem gravar o disco na Gr� Bretanha com o engenheiro Pat Moran, embora ainda assistido pelo parceiro de toda a sua carreira Terry Brown.
Por�m a preocupa��o com a elabora��o de melodias mais trabalhadas � a grande diferen�a que pode ser notada nesse trabalho, os temas evoluem de forma um pouco mais concisa que nos trabalhos anteriores, tamb�m s�o adicionados alguns elementos mais art�sticos; viol�es, solos e bases de teclado moog, que trazem muito bem vindas varia��es aos arranjos um tanto quanto lineares e caracter�sticos ainda de uma banda hard rock. Gedddy Lee por exemplo entendeu bem a id�ia em rela��o aos teclados e ao baixo mas ainda tem dificuldade com os vocais, for�ando exageradamente na interpreta��o das letras, coisa que evoluiria bastante nos �lbuns posteriores, da mesma forma Lifeson mostra limita��es para executar algumas id�ias mel�dicas e falha tamb�m na escolha de alguns timbres, que acabam n�o valorizando algumas composi��es como seria de se esperar.
Outra caracter�stica � a mistura de temas que vai desde hist�ria e mitologia oriental at� temas futuristas sobre viagens interplanet�rias passando pela literatura e cinema do s�culo passado.
A m�sica de abertura, Farewell To Kings, tem uma interessante abertura de viol�o com sonoridade barroca interpretada por Lee de forma muito especial, � partir da� a m�sica retorna ao som caracter�stico da banda, com bastante energia, na sequencia Xanadu traz um bom instrumental intercalando solos de guitarra e teclados, esses �ltimos bastante discretos e comedidos(at� demais), Closer To The Heart � aquela balada rock bastante caracter�stica e de refr�o pegajoso, Cinderella Man apesar das bases de teclado do in�cio tamb�m retorna ao som habitual da banda com solos n�o exatamente dos mais criativos, Madrigal � um tema curto, com bases de teclado que funciona mais como uma faixa divis�ria entre o in�cio do �lbum, inspirado em temas do passado, e a suite futurista final Cygnus X-1, que em sua parte inicial nos traz climas instrumentais mais progressistas e introspectivos, por�m, sempre com dificuldade para evoluir os temas, a banda se utiliza de sua caracter�stica de emendar can��es sem nenhum fio condutor, chegando a picos hard e terminando a can��o de forma abrupta, sem uma devida finaliza��o, algo bastante estranho, mesmo considerando que a banda retomaria esse tema no �lbum seguinte.
Resumindo, fica clara a busca por novos rumos mas tamb�m fica clara uma grande desorienta��o musical, falta unidade ao trabalho, apesar de belos momentos aqui ou ali, tamb�m vejo Lifeson um pouco perdido dentro dessa nova orienta��o, coisa que iria se acomodar nos trabalhos seguintes.
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