| Sexto CD da banda internacional e comandada pelo �cabra� belga Henry Krutzen. Cabra Belga? Sim, Henry � belga, mas mora no nordeste brasileiro h� quase uma d�cada. Depois de passar pelo rock, rock progressivo, jazz-rock com influ�ncias Canterbury, R.I.O. e de m�sica brasileira, The Bird and Sky Above � baseado na m�sica contempor�nea, nos jazz e nas formas livres de improviso. Finnegans Wake agora � quarteto formado por Henry, dois brasileiros, Alexandre Johnson e Marc�clio Onofre, e Markus Stauss (Spaltaklang e Yugen); ainda participam Kazimb�, Dud� Campos e Sami Tarik na percus�o, Darlan Marley na bateria e Ant�nio de P�dua nos trompetes. As faixas funcionam como suite, transicionam de uma para outra espontaneamente. Em todo o CD a percuss�o � o elemento forte e muito � desenvolvido sobre um tapete percussivo, sem peso, delicado e cheio de pequenos detalhes importantes. A percuss�o d� a dimens�o e o espa�o para os temas. Still Dreaming � criada em clima misterioso, dado pela flauta, piano e saxofones. Em First Flight a percuss�o novamente nos mostra os lugares pelos quais o p�ssaro vai passando, sendo que os sopros e o piano decoram a paisagem. Walking on the Ground � praticamente um ensaio de bateria e percuss�o, calmo e sem alvoro�o. Stealing on the Pinic Table come�a com trompete a la Miles Davis e sax baixo bem encorpado, mas ap�s alguns segundos a m�sica torna-se bastante free, em que h� altern�ncia de solos dos instrumentos de sopro, enquanto os outros adicionam detalhes, at� os assaltos em que a bateria ataca com f�ria, sendo acompanhada pelos saxofones, com muita energia. O assalto no picnic foi grande e irrestrito. Em Dark Clouds o tempo fecha, seguindo o estilo da faixa precedente, mas recebendo uma dose de energia, os solos se sobrep�em, ocorrem ataques de todos os sopros e do piano, algo inebriante, complexo e intenso, mas ap�s a tempestade sempre vem a calmaria. Infinite Background d� continuidade � calmaria do final da faixa precedente, sendo a vez do piano se destacar. O CD � muito diferente de todos os outros do Finnegans Wake, n�o se ouve nada das ra�zes do rock que todos os precedentes tinham, o trabalho da percuss�o � fenomenal, bem como a maneira em que os sopros s�o explorados. Um CD para se ouvir com calma, para refletir e ouvir. A� ou�a de novo e de novo. |
