Absolute Zero

Estados Unidos
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Titulo: Crashing Icons
Ano de Lançamento: 2000
Gênero: R.I.O.
Gravadora: Independente
Número de catálogo:
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  Revisto por: Renato Moraes Nota:9.0
Em abril de 2010, Enrique Jardines faleceu, ele era o baixista e for�a propulsora do Absolute Zero. Essa resenha j� publicada anteriormente � uma homenagem � sua mem�ria. A resenha foi feita a partir de um CDR (pr�-mix) que eu ganhei do Enrique em 2000. O CD teve uma tiragem independente e depois foi lan�ado oficialmente pela Recommended Records, com capa diferente.


O Absolute Zero � um trio formado nos EUA por m�sicos de grande gabarito: Enrique Jardines (baixista, mestre em composi��o pelo Conservatory at Brooklyn College), Aislinn Quinn (tecladista, mestre em composi��o pelo California Institute for the Arts) e Paul Rogers (baterista). No final dos anos 70, Enrique mudou-se para a Inglaterra, onde conheceu e tocou com m�sicos da cena Canterbury, tais como Dave Stewart, Phil Miller e Alan Gowen, entre outros. Este �ltimo ficou encantado com o estilo vigoroso de Enrique (lembrando Guy Segers, do Univers Zero, e at� mesmo Jannick Top, do Magma) e tinha projetos de gravar com ele, vindo entretanto a adoecer e a falecer antes de conseguirem lev�-los a cabo. Voltando para os EUA, formou no final dos anos 80 o Absolute Zero, por onde in�meros m�sicos passaram at� a grava��o de um CDEP, �Alive in the Basement�, lan�ado em 1999. Logo em seguida Paul saiu da banda, e para preencher sua lacuna Enrique chamou seu colega Pip Pyle (ex-Hatfield and the North, National Health, In Cahoots, Gong), que prontamente aceitou o convite. O novo CD �Crashing Icons�, gravado entre 1999 e 2002, � composto por quatro longas faixas, e al�m do trio citado, conta com a participa��o de Keith Hedger (trumpete) e Jim Stewart (percuss�o). Aislinn Quinn, al�m de ser uma excelente tecladista, � dona de uma linda voz, que nos remete a uma mistura de Barbara Gaskin, Suzane Lewis e Dagmar Krause, muitas vezes processada por vocoder e outros aparatos eletr�nicos. O som da banda � naturalmente influenciado por National Health e Soft Machine, com alguns toques de R.I.O. e de improvisa��o livre, e o resultado final � impressionante. O disco � aberto pela faixa �Barred Cross�, onde Pip desfia uma de suas execu��es mais energ�ticas j� ouvidas. A composi��o lembra algo como um Henry Cow/National Health power trio, com momentos l�ricos muito bonitos, marcados pelos vocais de Aislinn, que n�o fica atr�s dos rapazes em energia e criatividade nos solos de teclado. A faixa seguinte (�Further On�) se inicia com uma sequ�ncia muito interessante de marimbas sobre um fundo de baixo, seguida pela entrada da bateria e teclados, evoluindo para uma pe�a vigorosa, com uma admir�vel intera��o entre Enrique e Pip. �Stutter Rock� � a terceira composi��o, um jazz-rock com um solo de trumpete que nos faz lembrar a fase el�trica do Miles Davis dos anos 90, entremeado por seq��ncias sincopadas e quebradas de tirar o f�lego. O CD � conclu�do por �You Said�, que se inicia introspectiva, viajante e meio �alucin�gena�, desenvolvendo-se em seguida para passagens com improvisos intercalados com can��es contendo elementos de rock�n�roll, tango e m�sica espanhola. O �lbum ainda n�o foi oficialmente lan�ado, mas est� nas fases finais de produ��o gr�fica � tendo para isso a ajuda de Chris Cutler � e muito em breve estar� dispon�vel no mercado.

1.Bared Cross (13:47)
2. Further On (20:43)
3. Stutter Rock / You Said (11:49)
4. Suenos Sobre Un Espejo (16:46)

- Aislinn Quinn / teclados, vocais, percuss�o (4)
- Enrique Jardines / baixo, percuss�o (4)
- Pip Pyle / bateria, percuss�o
convidados:
- Keith Hedger / trompete, percuss�o (4)
- Jim Stewart / percuss�o (2,4)