Linda Hoyle |
Inglaterra |
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Revisto por: Marcello Rothery | Nota:9.0 |
Excelente �lbum, o �nico registro de Linda ap�s deixar os vocais do Affinity.
Pouco ap�s a sua sa�da da banda, ela entrou em contato com o tecladista Karl Jenkins (futuro membro do Soft Machine), e passaram meses compondo material juntos. As fortes influ�ncias de Linda por jazz, blues e soul, casaram perfeitamente com a compet�ncia de Karl como m�sico de jazz. Juntando-se a ambos um excelente time de m�sicos, o resultado s� poderia ter sido mesmo bom. Pieces of Me � um mergulho de Linda no fundo de sua identidade, tanto musical como pessoal (as letras falam muito de sua vida). E o instrumental � um arraso, al�m da produ��o ter sido excelente, deixando o som muito limpo. � um dos melhores discos de jazz-rock da �poca, embora seja muito pouco conhecido. A abertura com Backleash Blues, de Nina Simone, � um show vocal de Linda e da guitarra de Chris Spedding, numa irresist�vel levada de blues pesado. Depois, a bela balada Paper Tulips, com orquestra, e Karl no obo�. O disco segue assim, como uma m�sica mais agitada intercalando com uma lenta. Black Crow � um belo rock, com um instrumental bem hard. A faixa t�tulo � uma tijolada, pesad�ssima, an�rquica mesmo, que ir� surpreender muito f� de rock experimental, tem at� alguns fraseados de guitarra que lembram Robert Fripp. Um dos grandes momentos � Hymn to Valerie Solanas (onde Linda fala de problemas que teve no meio musical - vide a cita��o "it's a mans' world" no refr�o), um blues hipn�tico, levado no piano el�trico de Karl, no qual Linda faz uma das mais perfeitas interpreta��es de sua carreira. A m�sica ainda tem uma gaita, n�o creditada no encarte. Mas as duas melhores do disco, na minha opini�o, s�o The Ballad of Morty Mole (uma delicada balada, onde uma voz suave de Linda parece flutuar por sobre o piano e a contida, mas excelente cozinha baixo-bateria) e Journey's End (um rock com uma melodia bel�ssima e emocionante, e uma letra que fala dos problemas que Linda teve com drogas). Ao ouvir m�sicas como esta, � dif�cil se conformar com o fato de que, ap�s este excelente disco, Linda sumiu do meio musical. E, olha, ela faz muita falta. Quem sabe a atual onda de revival dos anos 70 n�o a traga de volta ao show business ? S� nos resta torcer. |