Procol Harum |
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Canada |
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| Revisto por: Marcello Rothery | Nota:10.0 |
| Na m�sica progressiva, muitas obras s�o de dif�cil assimila��o. Outras exigem uma audi��o reservada, a pessoa isolada em um canto, de prefer�ncia com boas caixas de som.
E h� obras que n�o precisam de nada disso. Que, j� na primeira audi��o, literalmente pegam o ouvinte pelo colarinho, e o conquistam quase imediatamente. Este � o caso do �lbum que leva o t�tulo desta coluna de hoje. O in�cio da carreira do Procol Harum, em 1967, foi incomum para um grupo ligado � m�sica progressiva : seu primeiro compacto pegou de assalto as r�dios, e tornou a banda famosa nos dois lados do Atl�ntico. A Whiter Shade of Pale, com sua melodia inesquec�vel, foi hit imediato, e se transformou em um dos maiores cl�ssicos dos anos 60. O sucesso foi t�o forte, que acabou at� prejudicando o pr�prio grupo, que passaria a ser conhecido, desde ent�o, por muita gente, como �a banda que fez A Whiter Shade of Pale�. Seu primeiro �lbum, hom�nimo, foi lan�ado ainda em 67, e a vers�o original n�o inclu�a o megahit. A vers�o americana, por�m, tratou de corrigir este �incoveniente�, n�o s� incluindo-a, como colocando-a como o nome do �lbum. De qualquer forma, ambas as vers�es foram muito bem recebidas por p�blico e cr�tica. Os �lbuns seguintes, Shine on Brightly (de 68) e A Salty Dog (de 69), n�o tiveram o mesmo impacto, mas conseguiram manter o nome do Procol Harum com m�dia e p�blico, apesar de terem, ambos, alguns momentos de menor inspira��o. Todavia, os pontos altos dos discos (Quiet Rightly So, Shine on Brightly, In Held Twas In I, A Salty Dog, All This and More e outros) valiam por tudo, e se converteram em novos cl�ssicos na carreira da banda. O in�cio dos anos 70, por�m, seria problem�tico. A sa�da de dois membros muito importantes (o tecladista Mathew Fisher e o guitarrista Robin Trower) e o fraco disco Broken Barricades (de 71) colocaram o prest�gio da banda em cheque. Foi quando o grupos embarcou em um ambicioso projeto : um �lbum ao vivo, em conjunto com uma orquestra sinf�nica de 52 m�sicos e um coral de 24 vozes. O repert�rio foi cuidadosamente escolhido, e as m�sicas tiveram seus arranjos refeitos (com exce��o de A Salty Dog, que j� tinha orquestra na sua vers�o de estudo, e n�o foi mexida), para um formato mais grandioso, com orquestra e coral, al�m de alguns itens a mais (como um solo de guitarra em Conquistador, que n�o existia originalmente). O show ocorreu no Jubille Auditorium, em Edmonton, no Canad�, e contou com a orquestra sinf�nica da cidade e um coral chamado Da C�mera Singers. Os arranjos de orquestra foram feitos pelo l�der Gary Brooker, auxiliado pelo convidado Jim Parker. A abertura, com Conquistador, j� conquista o ouvinte logo de cara. A bela melodia original se mostra perfeita para abrir o show. A introdu��o com orquestra, o solo de guitarra no meio, e as v�rias interven��es de orquestra tornam a m�sica mais grandiosa, e esta acabou se tornando a sua vers�o definitiva. A seq��ncia se d� com a fant�stica Whaling Stories, com suas diversas varia��es, e alguns momentos apote�ticos, como a passagem de orquestra para o solo de guitarra, e o lindo encerramento, onde Gary canta acompanhado do coral. Depois, a emocionante A Salty Dog, que enche o teatro de emo��o. O show segue com a roqueira All This and More, que ganha for�a com a orquestra. Encerrando o espet�culo, uma vers�o absolutamente fant�stica de In Held Twas In I, usando todos os recursos da orquestra e do coral, e criando um arranjo inesquec�vel neste �pico de 19 minutos. The Concert With the Edmonton Symphony Orquestra mostra uma abordagem pouco comum na uni�o entre grupo e orquestra. Ambos se tornam um s�, e a orquestra aumenta e muito o brilho e a grandiosidade das can��es, chegando a passar a impress�o de que estas j� seriam originalmente assim. � um �lbum impec�vel do in�cio ao fim, que merece ser conhecido por qualquer pessoa que goste de m�sica progressiva. Este �lbum fez um sucesso t�o grande quando saiu que pegou a banda de surpresa. N�o havia uma turn� programada, e a demanda os fez passar quase todo o ano de 1972 promovendo o �lbum. Foi, para muitos, o �pice da carreira do Procol Harum. Que, curiosamente, o gravou com uma forma��o que s� ficou junta neste per�odo : Gary Brooker nos vocais e piano, Chris Copping no �rg�o, Alan Cartwright no baixo, BJ Wilson na bateria, e Dave Ball na guitarra (que sairia do grupo logo ap�s a turn�). |