Anekdoten |
Suecia |
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Revisto por: Francisco Kraus | Nota:9.0 |
O Anekdoten, ao lado do Anglagard e do Landberk, � uma das grandes bandas de progressivo suecas dos anos 90 . No caso deles, uma vez que os outros dois acabaram (o Anglagard anunciou um retorno, por�m ainda n�o vi nenhuma novidade), tamb�m o � da atualidade.
Fortemente influenciados (influenciados e n�o clonados ou meros subprodutos) pelo King Crimson em sua fase Larks' Tongues in Aspic-Starless & Bible Black-Red, a banda tem 4 discos de est�dio lan�ados (e um em fase final de produ��o, com lan�amento previsto para o primeiro semestre de 2007): "Vemod", "Nucleus", "From Within" e "Gravity", e NMHO todos valem a pena. Na ocasi�o da passagem da banda pelo Brasil, algumas pessoas, ca�ram de pau no show face ao peso da banda, o que para os comentaristas da �poca era barulho. Sou suspeito para comentar pois tenho todos os discos da banda e gosto muito deles. A grande sacada deles � exatamente a altern�ncia entre o peso da excelente cozinha e a suavidade da guitarra, at� econ�mica, aliada ao mellotron e ao cello. O baixista al�m de tocar seu instrumento com precis�o e peso - na maior parte do tempo, um Rickenbacker- , e mesmo debaixo de uma "quebradeira" danada, leva os vocais numa boa. A melodia vocal lembra mais o Peter Hammill do que as melodias do Wetton no Crimson. Sobre os discos, o "Vemod" � mais suave que seu sucessor "Nucleus" o que n�o � um dem�rito. P�rolas do primeiro: "Longing", "Wheel" e "Karelia". Vou me prender mais ao segundo... gosto mais desse que do primeiro. A m�sica que d� t�tulo ao disco e abre os trabalhos � uma porrada! Peso, quebradeira, suavidade, mellotron. "Harvest" come�a suave, apesar da estrutura "estranha" aos desavisados, e l� pelos dois minutos cresce e se tem a presen�a da guitarra mais a frente do resto num solo no m�nimo diferente."Book of Hours"... essa s� ouvindo. A bateria suave, marcada, o baixo reto, a guitarra "pingando" o acorde dedilhado, mellotron, mais mellotron, e depois mais mellotron. Na segunda parte as escalas de guitarra e teclados mostram a influ�ncia do KC e a� vem a caracter�stica da banda, a letra cantada de forma suave na parte mais suave, baseada em dois ou tr�s acordes no m�ximo. Uma festa de quase 10 minutos! Mas o disco n�o acabou a�... ap�s o "interl�dio" de "Raft", l� vem "Rubankh" que parece feita para se marcar com o p� ou com a cabe�a o peso de baixo e bateria. De novo a calmaria chega com "Here". Recheada de cellos � talvez a m�sica mais suave do disco. Como a maioria das can��es, armada em acordes menores, a tristeza resultante dessa sonoridade casa perfeitamente com a agonia da letra. Um pequeno toque de cowbell e come�amos "This Far >From the Sky". A escala de baixo e bateria � perseguida de perto e por vezes ultrapassada pela guitarra. O mellotron, aqui como uma flauta, d� um tom mais aberto a can��o, que tem desta vez a voz colocada apenas acima da guitarra num dedilhado simples e contido, nos seus primeiros versos que ganham o acompanhamento da bateria e mellotron na segunda estrofe. O mellotron agora est� "por cima" de novo. Mas n�o se deixe levar por este "momento"... temos mais surpresas na mesma m�sica. O disco fecha com "In Freedom". A forma��o e os toques dos acordes da guitarra por aqui parecem ter sa�do de algum disco de um certo clube mineiro da d�cada de 70... a levada de bateria e baixo � a mais suave de todo o disco, os cellos e o mellotron fazem uma cama t�o tranq�ila e mel�dica que se tem vontade de deitar e apenas ouvir as curvas do som. Um disco emocionante, atual e at� progressivo! Resumindo: Ou�a a banda!! Quer seja no "Vemod" ou o "Nucleus", ou mesmo "From Within" (menos pesado que o predecessor, como vc pode constatar na can��o "Hole") ou o "Gravity". Este �ltimo tem can��es que poderiam facilmente ser tocadas em programas "indie" de algumas r�dios de rock alternativo ("Ricochet" � um grande exemplo disso, seguida de perto de "The War is Over"!!), o que faria alguns puristas torcer o nariz, por�m acho seria uma grande for�a e mostra da novidade que o progressivo ainda pode ser. |