Jethro Tull |
Inglaterra |
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Revisto por: Gibran Felippe | Nota:9.5 |
Encontramos aqui a melhor forma��o do Jethro Tull e ainda contando com a presen�a do genial David Palmer nos arranjos, o resultado se concretiza numa das mais espetaculares obras do grupo e do rock progressivo mundial. A narrativa de sobreviv�ncia do menestrel � apresentada numa hist�ria consistente sbdividida em movimentos de �xtase e tristeza de forma muito consistente.
Apesar da s�lida carreira do grupo, depois do "Ministrel In The Gallery" acredito que o Jethro Tull nunca mais conseguiu produzir uma obra nesse n�vel, com tamanha qualidade, onde todas as m�sicas s�o fant�sticas, � muito complicado afirmar qual � a melhor. Em 1975 a banda precisava, de certa forma, fazer uma contrapartida para o pouco agraciado "War Child" de 1974 e sem d�vida o recado foi muito mais at� do que o necess�rio, pois parece que Ian Anderson, Martin Barre e cia tomaram uma carrapateira e resolveram escrever, na minha opini�o, a terceira melhor obra do grupo, atr�s apenas de "Thick As A Brick" e "A Passion Play". Muitos f�s da fase inicial do grupo podem at� achar esse trabalho pomposo demais, cl�ssico demais, progressivo demais, alegando que a verve hard rockeira se perdera, mas n�o tenho d�vidas em afirmar que o Jethro Tull se sai muito melhor em composi��es mais complexas. Se pegarmos as linhas de bateria do Barriemore Barlow nesse trabalho e compararmos com o Clive Bunker do "Aqualung", a dist�ncia � grande, � f�cil perceber, basta colocar uma obra e depois a outra e atentar para a bateria. O disco � composto por sete can��es, na �ltima edi��o em cd ainda conta com mais 5 faixas b�nus que sinceramente n�o acrescentam nada a mais. O pr�prio set-list da obra original j� passa tudo, j� lava a alma completamente. A primeira m�sica d� nome ao �lbum e come�a altamente ac�stica com a bela voz do Ian Anderson acompanhada por viol�o e flauta, entretanto em fra��o de minutos a m�sica vira completamente com uma quebradeira fant�stica, como s� o Jethro Tull sabe fazer, � a m�sica mais forte do cd, com v�rios elementos hard que sempre marcaram o trabalho do grupo e sem os violinos que se fariam presente em todas as outras composi��es. Um cl�ssico absoluto, um dos grandes abre-alas do grupo, n�o t�o forte quanto "Aqualung", mas sem d�vida t�o genial quanto. Destaque para a guitarra irada de Martin Barre que alia t�cnica, poesia e pegada nas doses certas. "Cold Wind To Valhalla" j� apresenta o quinteto formado por violinos que enriquecem muito as composi��es do Ian Anderson, passando o lirismo que o tema proposto no �lbum solicita, � uma das m�sicas favoritas de boa parte dos f�s do grupo contido na obra, dessa vez o destaque segue para o Barriemore Barlow que verdadeiramente d� um show nas baquetas, simplesmente brilhante, ele n�o sossega um minuto. O �lbum segue com uma balada de tirar o f�lego, "Black Satin Dancer", que possui no piano do John Evan seu momento mais soberbo, vale ressaltar os belos vocais do Ian Anderson que em todo o trabalho canta com uma alma incr�vel. O arranjo dessa m�sica � fenomenal, as entradas dos violinos imediatamente ap�s o fraseado de guitarra do Martin Barre s�o muito bem postas. "Requiem" como o nome antecipa representa o momento de melancolia, o anti-cl�max acompanhado por voz, viol�o e muitos violinos. M�sica bel�ssima, que acredito era pra ser a derradeira, mas o Anderson inverteu por quest�o de roteiro, j� que o �lbum aborda uma das suas hist�rias fant�sticas. Em seguida temos mais uma grande balada "One White Duck / O10=Nothing At All" representando toda a escola e influ�ncia folk do grupo, afinal cd do Tull sem uma boa seq��ncia folk n�o � cd do Tull, e aqui nessa m�sica temos essa seq��ncia para alegria dos admiradores do grupo, que se sentem prestigiados com a pureza musical do Ian Anderson ainda muito bem guardada. O momento apote�tico do "Ministrel In The Gallery" se d� com "Backer St Muse", quem n�o conhece? Uma das grandes su�tes do grupo com 17 minutos de puro del�rio, que infelizmente ficou relegada com o passar dos anos, mas � sempre assim com os grandes medalh�es, sempre uma coisa ou outra acaba ficando pra tr�s. Sorte de quem tem o cd e pode ouvi-la a hora que lhe aprouver, pois � absolutamente magistral, possuindo todos os atributos que fizeram com que a banda se tornasse uma das maiores de sua gera��o: folk, hard, progressivo, geniais guitarras, belos pianos, batera fenomenal, Jefrey Hammond-Hammond arrebentando, bel�ssimos acompanhamentos de violinos e claro as flautas e os vocais inconfund�veis e geniais do Ian Anderson, que aqui exercita seu grande mon�logo de forma virtuosa. Uma verdadeira j�ia na extensa produ��o do Jethro Tull. Por fim, terminamos com "Grace" com a suavidade que o momento pede para uma bela finaliza��o. Se voc� curte Jethro Tull e nunca teve a oportunidade de ouvir "Ministrel In The Gallery", com certeza vai passar a gostar muito mais da banda depois disso e claro, esquecer completamente o "War Child" que prejudicou a seq��ncia de ouro do grupo, a qual responde pela sua mais sublime forma��o: "Thick As A Brick", "A Passion Play" e "Ministrel In The Gallery", nessa ordem. |