Areknam�s

Italia

Titulo: Love Hate Round Trip
Ano de Lançamento: 2006
Gênero:
Gravadora: Label n�o informado
Número de catálogo:
Clique aqui para Ficha Tecnica  

  Revisto por: Francisco Kraus Nota:9.0
Segundo �lbum da banda italiana, "Love Hate Round Trip", segue o mesmo caminho de seu antecessor, com um clima talvez pouco mais sombrio, com boas letras e vocais, �timos arranjos de teclados e guitarras, al�m de uma base s�lida de baixo e bateria.

Logo de cara nota-se uma pequena diferen�a com rela��o a guitarra, que assume uma pegada mais pesada nos riffs de "The skeletal landscape of the world", o que d� o tom certo para a letra e a melodia vocal de Michele Epifani, que continuam tendendo aos acentos de Peter Hammill. Nada que prejudique o resultado final, muito pelo contr�rio, uma vez que os maiores pecados cometidos pelas novas bandas de progressivo se encontram nos vocais. Apenas esta salta mais claramente aos ouvidos, logo nas primeiras audi��es.

"Deiceit" tem uma levada inicial de can��o e passa por v�rias mudan�as de andamento e climas, com riffs e solos de guitarra no tamanho certo, al�m dos teclados que n�o somente fazem uma bela cama para as melodias vocais e para as guitarras, como tamb�m saltam para frente com efeitos e solos que criam uma atmosfera psicod�lica.

As levadas n�o lineares, quer seja de baixo e bateria, quer seja das pr�prias linhas de teclado, criam supresas interessantes a cada nova m�sica. Climas densos se contrap�em a delicadeza de alguns teclados. A guitarra ponteia em escalas subindo e descendo quase todas as m�sicas, sendo acompanhada de perto pelo teclado em algumas delas. Em algumas m�sicas, Epifani, faz ainda o uso de grava��es, samplers e outros "apuros" tecnol�gicos.

Vale a pena chamar a aten��o para a vers�o de "Snails", do Gnidrolog, do disco "In Spite Of Harry"s Toe-Nail". Sinceramente, se n�o conhecesse a m�sica anteriormente, diria facilmente que era do Areknam�s, tal a integra��o dela no CD.

Com certeza o disco merece ser ouvido com tranq�ilidade e tempo de seu in�cio ao final, como todas as outras obras desse g�nero, mas destaco ainda a bel�ssima can��o "Yet I must be something" e "Stray thoughts from a crossroad", esta pela perfeita integra��o de teclados, guitarras e voz, que por vezes nos remetem aos melhores momentos de velhos �cones do progressivo como Gentle Giant ou King Crimson, e com certeza o Van der Graaf Generator.

Assim como o primeiro, "Love Hate Round Trip", � um excelente exemplo de que ainda se pode fazer progressivo novo, usando refer�ncias, mas sem cheirar a bolor.