Sigur R�s

Islandia
http://www.sigur-ros.is/

Titulo: ()
Ano de Lançamento: 2002
Gênero: Post-Rock
Gravadora: Label n�o informado
Número de catálogo:
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  Revisto por: Edson Carlos Silva Nota:9.5
O som que traz paz em momentos de ang�stia. Assim defino o Sigur R�s, banda islandesa formada em 1994, por 4 garotos a fim de fazer m�sica profunda, diferente, com sentimento. M�sica celestial.

�()�, seu 3� �lbum, � o mais introspectivo, o mais minimalista e o mais fant�stico de sua discografia. Fugindo de todos os padr�es da ind�stria fonogr�fica (apesar de serem artistas contratados da EMI), o encarte do CD � todo em branco e as letras n�o t�m t�tulo. Como assim? Assim mesmo, n�o t�m! Voc� precisa entrar no site oficial (http://www.sigur-ros.co.uk) para ter acesso ao nome das m�sicas.

Mas a� voc� ainda me pergunta: �Como gostar de uma banda que canta numa esp�cie de dialeto que ningu�m entende?� E eu respondo simplesmente propondo a voc� ouvir "()", livre de todos os preconceitos.

Todas as can��es s�o absolutamente fant�sticas. O clima atmosf�rico, os instrumentos combinando numa harmonia incr�vel, um minimalismo sem igual. O CD come�a com �Untitled #1 (Vaka)�, com o piano de cauda em �pice e um clima de melancolia que transborda paz, al�m dos "c�nticos" em "Hopelandic", linguagem criada pelo vocalista e guitarrista J�n ��r Birgisson para o encaixe nas melodias. Algo simplesmente genial.

Depois seguimos pela bela (e com uma intro que lembra o zunir de uma mosca) em �Untitled #2 (Fyrsta)� e por uma das mais fant�sticas m�sicas instrumentais que j� ouvi na minha vida (e olha que j� ouvi muita m�sica instrumental): �Untitled #3 (Samskeyti)� � fenomenal: melancolia, beleza e virtuose numa combina��o de sentimentos que eu me recuso a tentar explicar. � ouvir e se deliciar.

Sem deixar cair a peteca temos �Untitled #4 (Nj�snav�lin)�, com um trabalho bel�ssimo de guitarra e percuss�o, com J�n �grunhindo� de maneira sublime e o teclado simplesmente angelical, celestial, fant�stico.

A segunda parte do �lbum � ainda mais introspectiva. �Untitled #5 (�lafoss)� � absolutamente minimalista, com seus quase 10 minutos seguindo numa seq��ncia de movimentos sombrios e extremamente abstratos. E assim segue nas n�o menos soturnas �Untitled #6 (E-bow)�, que � inquietante, cresce no decorrer da can��o e termina num clima reconfortante e �Untitled #7 (Dau�alagi�)� onde J�n canta de forma t�o sombria que sua voz soa rouca, abatida, rasteja-se em um clima de solid�o e tristeza. Aqui parece que a voz dele n�o vai se levantar, quando de repente existe um solo vocal. Isso mesmo, solo vocal! Algo t�o lindo que � pra este que vos escreve mais um ponto alto do CD.

J� �Untitled #8 (Popplagi�)� � mais leve, mais suave. O baixo se assume como instrumento principal. O final dessa can��o � algo simplesmente gigantesco, grandioso, colossal. Nuan�as entre sons pesad�ssimos e sussurros com quedas bruscas no ritmo, trazendo novamente o momento de paz que todos esperam no final de um disco.

Algo simplesmente m�gico, magn�fico, espetacular. �()� � um disco t�o espetacular que se voc� tiver um pingo de sensibilidade, vai ouvir e comprar n�o s� ele, mas como toda a discografia desses jovens g�nios islandeses.