Orange Peel

Alemanha

Titulo: Orange Peel
Ano de Lançamento: 1972
Gênero:
Gravadora: Label n�o informado
Número de catálogo:
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  Revisto por: Francisco Kraus Nota:10.0
Tendo com engenheiro de som Dieter Dierks, que se tornou um "�cone" na produ��o de v�rios dos discos mais importantes da m�sica alem� na d�cada de 70, e um dos grande bateristas do krautrock e jazz alem�o, Curt Cress - que tocou com o Passport, Tirumvirat (no Pompeii), Atlantis, entre outros - e que na �poca da grava��o do disco tinha apenas 17 anos, "Orange Peel" � um excelente exemplo da mescla de progressivo, blues, psicodelia, longas jams, que caracterizam uma das vertentes do krautrock.

A m�sica que abre o disco "You Can't Change Them All", com pouco mais de 18 minutos, abre com o Hammond com em escala pesada e, logo em seguida, tem uma passagem bel�ssima em que a guitarra limpa executa acordes que encaixariam perfeitamente em alguma levada jazz, junto � claro com a bateria. O vocal � cantado em cima dessa base. Na realidade, as primeiras frases s�o quase declamadas e depois a voz parece mais cantada e �cida. Com a entrada da percuss�o, a levada da m�sica muda, fica mais vibrante e a guitarra passa a se destacar em solos que marcam o estilo, como no Message ou no Nektar (o segundo, kraut "honor�rio"), logo depois "rivalizada" pelo Hammond. A vibra��o d� lugar a uma jam de-uma-nota-s�, mais l�gubre, a bateria mais marcada, por�m n�o menos vibrante, o baixo quase em loop, e o hammond iniciando os trabalhos de solo, seguido pela guitarra que passeia entre a psicodelia e o solo energ�tico. S� essa m�sica j� vale o disco.

"Faces That I Used To Know" � um pouco mais tradicional, se � que podemos dizer isso do rock alem�o, mas com aquele acento mais pesado e desconexo t�pico do kraut.

O blues "Tobacco Road", j� foi executado por centenas de m�sicos e bandas, conhe�o v�rias dessas vers�es, por�m nenhuma delas com uma bateria t�o "estranha" com aqui, al�m das percuss�es e do clima. Ok, essa m�sica j� era um blues de branco, mas o Orange Peel faz parecer que o delta do Mississippi fosse entre Berlin e outra cidadezinha alem�.

A abertura meio hard de "We Still Try To Change" pode at� esconder um pouco a magia da m�sica bem como a nova jam escondida l� pelos seus 4 ou 5 minutos. N�o se deixe enganar pela simplicidade inicial, e mergulhe na lisergia na qual a m�sica des�gua.

Um disco no m�nimo essencial para os que gostam do krautrock. Um estilo que vai muito al�m dos experimentalismos atonais ou da eletr�nica sampleada, muito utilizada por v�rias bandas novas.