Tangerine Dream |
Alemanha |
http://www.tangerinedream.org/ |
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Revisto por: Gustavo Jobim | Nota:10.0 |
PHAEDRA by Tangerine Dream. Palavras m�gicas para os amantes da m�sica
eletr�nica, escritas na capa do �lbum lan�ado em 1974 pelo Tangerine Dream em que pela primeira vez surgem as tradicionais seq��ncias eletr�nicas, marca registrada da banda. Como Phaedra � historicamente importante, nos pr�ximo par�grafo falo um pouco da hist�ria por tr�s do �lbum, para depois falar sobre a m�sica. O Tangerine Dream j� vinha sendo comentado e sua fama crescendo devido ao �lbum anterior, ATEM (1973), que era constantamente tocado pelo DJ ingl�s John Peel. O selo Virgin Records de Richard Branson tinha ficado milion�rio com o seu primeiro lan�amento, o TUBULAR BELLS de Mike Oldfield, de 1973. E com todo esse boca-a-boca, a Virgin, que estava recrutando v�rios artistas com tend�ncias experimentais, chamou o Tangerine Dream. E este Phaedra foi o primeiro disco para a Virgin, que vendeu centenas de milhares de c�pias na Inglaterra, ficando em 15� lugar por 15 semanas consecutivas, s� devido ao boca-a-boca, levando o grupo � fama mundial. Chris Franke tinha acabado de adquirir um emblem�tico sintetizador Moog, que um dia tinha pertencido aos Rolling Stones, e � o Moog que possibilita as seq��ncias de notas graves, que fazem com que o grupo comece a criar m�sicas mais estruturadas ao redor destas seq��ncias, iniciando uma gradual mudan�a de estilo que se completaria dois anos depois, com STRATOSFEAR, de 1976, o primeiro �lbum com estruturas mais complexas. O Moog era um equipamento inst�vel e trabalhoso, levava horas pra ser afinado. O grupo tinha trabalhado por onze dias e s� conseguido gravar alguns minutos. Na faixa-t�tulo que abre o disco, podemos ouvir o Moog ap�s alguns efeitos sonoros que estabelecem o tradicional clima surreal. Mas nesta grava��o, Chris Franke ainda estava afinando o instrumento; na verdade o grupo estava ensaiando e o engenheiro gravou tudo! Ap�s alguns minutos a seq��ncia p�ra, mas logo em seguida � retomada, agora sim num crescendo constante, sempre acompanhado de fr�geis temas mel�dicos e sonoridades et�reas e fantasmag�ricas, at� que de repente tudo desaparece e o ouvinte � deixado � deriva no espa�o sideral; lentamente o som do Mellotron vem para traz�-lo de volta � Terra, com sens�veis harmonias, e uma finaliza��o surpreendente. (Observe que em algumas edi��es do CD, particularmente na "Definitive Edition" da Virgin, o final desta faixa foi colocado no in�cio da pr�xima. A dura��o correta de Phaedra � de cerca de 17'45".) Se j� n�o bastasse essa impressionante demonstra��o de sensibilidade est�tica, somos mais uma vez apresentados ao som do Mellotron, naquela que talvez seja a obra-prima de Edgar Froese no instrumento: a primeira faixa do Lado B no LP original, com o t�tulo surrealista de "Mysterious Semblance at the Strand of Nightmares". Uma m�sica dif�cil de se descrever; s� posso dizer que tem harmonias transcendentais, acompanhadas de efeitos sonoros de phaser, tocados pela esposa de Edgar, a Monique Froese, que n�o � creditada no �lbum. Monique esteve sempre presente na hist�ria do Tangerine Dream, criando muitas capas de discos e tirando fotos do grupo. Em seguida, voltamos ao Moog com "Movements of a Visionary". Desta vez, a seq��ncia tem um aspecto mais r�tmico e direto, prenunciando o pr�ximo �lbum, RUBYCON, de 1975. Novamente temos os tradicionais efeitos sonoros e as harmonias que criam a �nica atmosfera destes primeiros e cl�ssicos �lbuns do grupo. PHAEDRA � encerrado com a curta mas n�o menos impressionante "Sequent C'", tocada apenas na flauta com eco de fita por Peter Baumann. Um final bonito e enigm�tico, perfeito para este �lbum que � um marco na hist�ria da m�sica eletr�nica. |