The Third Ending

Australia
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Titulo: The Third Ending
Ano de Lançamento: 2007
Gênero:
Gravadora: Label n�o informado
Número de catálogo:
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  Revisto por: Cesar Lanzarini Nota:8.0
Trabalho inaugural deste grupo australiano (talvez o Spock's Beard de l�). Os vocais s�o muito bons e no mesmo timbre de Geoff Tate (Queensryche). A altern�ncia de andamentos ac�sticos e el�tricos e a utiliza��o de elementos diferenciados como o megafone no vocal torna a audi��o deste CD uma experi�ncia gratificante, j� que os solos de guitarra (ate��o para Coming Around) misturadas com passagens de viol�o s�o muito felizes. Destaque para uma m�sica totalmente instrumental com muito Hammond. Este CD me lembrou o Rush mais Hard Prog. Destaque para a balada Can Your Hear Me, que termina com um lindo solo de guitarra (boa musica, sem duvida).

  Revisto por: Sergio El Kadi Nota:9.0
A grande maioria das principais bandas que fizeram sucesso no mundo progressivo a partir do fim da d�cada de 80 e in�cio da d�cada de 90 derivaram seus sons de outras bandas progressivas, adicionaram elementos n�o chamados de progressivos at� ent�o e criaram seu pr�prio som.

Citarei aqui tr�s exemplos. O Dream Theater misturou o power metal do fim da d�cada de 80 a composi��es longas e estruturas t�picas do progressivo tradicional dos anos 70 com o uso de teclados, o que, aliado � extrema compet�ncia de seus m�sicos, fez com que a banda se tornasse o principal expoente do chamado prog-metal.

O Porcupine Tree se influenciou do prog psicod�lico do Pink Floyd e o misturou com o som mais depressivo do Radiohead, o que, aliado a belas melodias vocais, a um som t�pico do metal moderno e � extrema compet�ncia do Steven Wilson e seus comparsas, fez com que a banda se transformasse no principal expoente do progressivo atual.

O Spock's Beard em v�rios momentos lembra as estruturas de bandas cl�ssicas do progressivo dos anos 70 (Gentle Giant, Genesis e Yes me parecem as influ�ncias mais evidentes), misturando todas essas caracter�sticas numa banda �nica, o que, aliado a guitarras distorcidas t�picas do grunge do in�cio dos anos 90 e � extrema compet�ncia e carisma do Neal Morse, fez com que a banda se transformasse em uma das principais respons�veis por mais um renascimento do progressivo tradicional.

N�o se pretende aqui incluir uma tese sobre o desenvolvimento do progressivo atual ou enaltecer as bandas citadas e outras que n�o foram citadas. O que se pretende demonstrar � o que est� descrito no primeiro par�grafo, ou seja, que bandas s�o influenciadas por outras e que, se forem bastante competentes, acabam criando sua pr�pria identidade. Por isso, ressalto que as caracter�sticas que assinalei acima sobre as tr�s importantes bandas representam apenas e t�o somente minhas opini�es sobre as mesmas, e n�o tenho a pretens�o de concluir o assunto ou de estabelecer tais opini�es como verdades absolutas.

De qualquer forma, voc� que l� esta humilde resenha deve estar se perguntando o motivo de eu citar estas tr�s bandas que derivam de outras. Eu devolvo a pergunta: independentemente de concordar ou n�o com minhas opini�es, consegui despertar sua aten��o ao citar estas tr�s bandas? Se consegui, � prov�vel que esta resenha seja de seu interesse.

The Third Ending, disco de estr�ia de mesmo nome da banda australiana (mais precisamente da Tasm�nia) � um �lbum que deriva de outras bandas. Mais especificamente, do som do Dream Theater, ao incluir alguns trechos de prog-metal (caso da �tima instrumental "Tungsten Blues" e de trechos da su�te final); do som do Porcupine Tree, ao incluir sons mais eletr�nicos, progress�es com belos solos e melodias mais depressivas (casos de "Eleven", "Back Home", "Can You Hear Me?" e de trechos da su�te final); e do Spock's Beard, ao incluir �rg�o e belas melodias vocais que grudam na cabe�a aliadas ao som de pianos e viol�es em arranjos muito bem pensados (caso de "Can You Hear Me?"), e ao incluir uma su�te dividida em v�rias partes (caso da su�te final, cuja estrutura remete a "The Healing Colours of Sound", que vai de "Fingerprints" at� "Fingerprints (reprise)", e que conta com um refr�o revisitado em outro arranjo), isso sem falar nas �timas melodias vocais e no timbre do vocalista Nick Storr, que lembra o do Neal Morse.

O que chama muito a aten��o no disco � que essas deriva��es s�o evidentes e mesmo assim o resultado final � excelente, assim como nos discos das bandas das quais o The Third Ending deriva. Isso acontece ao meu ver por um motivo quase �bvio: a banda mistura suas v�rias influ�ncias em uma mesma m�sica, o que parece simples, mas raramente isso � executado com tamanha compet�ncia porque exige enorme esfor�o de composi��o para n�o se tornar meramente derivativo, e � isso o que confere � banda uma identidade pr�pria, exatamente como feito anteriormente pelas grandes bandas que a influenciaram.

N�o h� uma �nica m�sica neste disco que n�o seja no m�nimo boa, e por isso � dif�cil encontrar destaques, o que � um �timo sinal. Este �lbum � daqueles que deixam o ouvinte viajando e querendo mais, o que � um enorme feito para um disco de estr�ia. Fica aqui a torcida para que esses caras mantenham esse n�vel nos discos seguintes, porque o primeiro j� � um disco de gente grande e talentosa como h� muito tempo eu n�o ou�o.