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Pendragon

Inglaterra

http://www.pendragon.mu/

O Pendragon foi criado no ano de 1976, na cidadezinha de Stroud, condado de Gloucestshire, Inglaterra, pelo jovem entusiasta Nick Barrett e alguns colegas de escola. Inicialmente o nome da banda era Zeus Pendragon, que seria encurtado dois anos depois (segundo consta porque seu colega reclamou que o nome era grande demais para as camisetas que estavam fazendo!). O grupo lutou muito para conseguir se destacar entre centenas de outras bandas que se formavam quase diariamente nas ilhas brit�nicas. Infelizmente uma s�rie de mudan�as de forma��o muito atrapalharam o desenvolvimento sonoro do Pendragon nestes tempos iniciais, sendo algumas demos gravadas mas nada saiu da�.

Uma grande for�a aconteceu quando o grupo foi convidado por outro grande nome do neopregressivo, o Marillion. Seu empres�rio Greg Lines conseguiu que a banda fosse o grupo de abertura do grupo do vocalista Fish . As duas bandas se deram t�o bem que o Marillion convidou o Pendragon para abrir os seus shows no prestigioso clube Marquee de Londres. Nessa �poca o Pendragon havia se estabilizado com Nick (guitarra e vocais), Nigel Harris (bateria), John �Barney� Barnfield (teclados) e um novato que foi persuadido a deixar a guitarra para se concentrar no baixo, Peter Gee.

Com os shows do Marillion atraindo um grande n�mero de novos f�s, o grupo come�ou a estabelecer suas pr�pria identidade e p�blico. Tanto que o grupo em 1983 tocou no grande festival de Reading em frente a 30.000 pessoas e logo depois foram convidados pelo famoso dj londrino Tommy Vance a gravar um programa de r�dio no seu famoso Friday Rock Show.

No entanto um contrato de grava��o n�o aparecia e Barnfield (que at� ent�o escrevia quase todo o repert�rio do Pendragon junto com Nick Barrett) resolveu permanecer no seu emprego fixo e deixar o conjunto. Foi um duro golpe. Mas com a ajuda Rik Carter, a banda seguiu em frente e ele acabou sendo o tecladista que tocou aparecendo nos primeiros lan�amentos do Pendragon. A banda foi contratada pela E.M.I e lan�ando um EP, Fligh High, Fall Far em 1984, que obteve uma boa repercuss�o.

O primeiro LP completo do grupo saiu em 1985, quase ao mesmo tempo do cl�ssico do Marillion, Misplaced Childhood. Nesta �poca v�rias bandas formavam parte de uma cena que resgatava o rock progressivo de seu limbo depois de ser abertamente criticada por punks e cr�ticos como m�sica ultrapassada. Nomes como Pallas, Jadis, IQ, Twelfth Night, al�m do pr�prio Marillion mostraram que o estilo estava mais vivo do que nunca. Consequentemente The Jewel, o LP de estr�ia do Pendragon foi muito bem recebido por um p�blico �vido de novidades neste campo.

No entanto o conjunto n�o estava nem um pouco satisfeito com o baix�ssimo or�amento que a gravadora havia dedicado � tour de promo��o e ao esquema torturante de shows. Tanto que Nigel Harris n�o ag�entou e caiu fora, sendo temporariamente substitu�do por um amigo de Rik Carter, Matt Anderson, mas ele n�o ficou muito tempo, sendo logo depois seguido pelo propio Carter.

O que parecia ser uma trag�dia acabou por favorecer a musicalidade do Pendragon, j� que logo encontraram o excelente baterista Fudge Smith, que era (e permanece) um dos maiores nomes do progressivo, um dos poucos ritmistas que possui um estilo todo pr�prio e �nico de tocar. Enquanto tentavam arranjar um novo contrato de grava��o, Nick entrou em contato com um amigo de inf�ncia, Clive Nolan, e contou sobre os problemas. Nolan, um brilhante tecladista acabou se oferecendo para tocar os teclados no grupo quando soube que eles estavam procurando por um. Estava, finalmente, pronta uma forma��o que duraria por quase duas d�cadas.

Enquanto isso a banda lan�aria um LP ao vivo, 9:15, e tentava convencer a EMI a aceitar o novo material que vinham escrevendo. A gravadora n�o foi convencida e o grupo dispensado. Frustrados e furiosos, os membros do Pendragon resolveram ent�o criar seu pr�prio selo, a Toff records. At� hoje todo o material lan�ado desde ent�o saiu das pr�prias m�os do conjunto, que se tornou a banda de progressivo que mais vende num selo independente.

Kowtow (1988) foi no entanto considerado decepcionante por cr�ticos e f�s. De fato o grupo se mostrava um tanto indeciso se mergulhava de cabe�a no progressivo ou fazia um som mais pop. Esse disco se dividia entre os dois estilos, al�m do compacto Saved By You ser .bastante comercial. No entanto, quando o Pendragon lan�ou um novo disco de in�ditas, The World (1991), eles voltaram definitivamente para o progressivo e o disco foi aclamado como uma das obras primas do estilo, numa �poca que muita pouca gente estava fazendo m�sica t�o elaborada.

Mas o melhor ainda estava por vir. �The Windows Of Life� (1993) mostrava um som mais complexo, refinado e grandioso, sem perder a simplicidade b�sica que sempre foi um dos fortes das composi��es do grupo. Parecia que a cada lan�amento o Pendragon conseguia se superar enquanto que quase todos os seus contempor�neos ou haviam se dissolvido ou estavam fazendo um som completamente diferente (e, muitas vezes, pior).

Em 1996 o Pendragon no entanto mostraria que ainda n�o havia chegado ao seu auge. The Masquerade Overture � considerado sua obra prima m�xima, com temas e um repert�rio de impacto que levou a banda a se apresentar em todo mundo, inclusive no Brasil.

Foram precisos mais cinco anos para que conseguissem lan�ar um disco que pudesse estar na mesma magnitude do anterior. Not Of This World (2001) mostrou o lado instrumental ainda mais virtuoso e bomb�stico, coisa que era dif�cil de acreditar. Baseado na dura experi�ncia de Barrett durante um doloroso div�rcio, o disco trazia uma incr�vel catarse de sentimentos que deu nova vida ao Pendragon, mostrando que tinham sim material capaz de se equiparar a Masquerade Overture.

Novas turn�s se seguiram nos anos seguintes. Enquanto isso seus integrantes trabalharam em diversos projetos separados, como um disco de vers�es ac�sticas das m�sicas do Pendragon tocadas apenas por Barnett e Nolan, A Rush Of Adrenalin (2005, tamb�m em DVD). Clive Nolan, inclusive, divide seu tempo em in�meros CDs solo ou projetos, sendo o mais importante o Arena. Arena come�ou como projeto e virou banda de verdade, sendo ele fruto da uni�o de Nolan com Mick Pointer, o baterista original do Marillion. Seu som lembra um pouco o Pendragon, mas mais pesado e com uma tem�tica mais sombria. Lan�aram J� 5 CDs de est�dio, al�m de um ao vivo e de alguns EPs.

Em 2005 saiu finalmente a continua��o do trabalho do Pendragon, Believe. Um CD bem mais simples e direto, se comparado com os mais recentes. Barnett voltou suas letras para temas como a pol�tica e a manipula��o da m�dia, preferindo can��es mais curtas, mais voltadas para a guitarra, deixando um pouco de lado os teclados sinf�nicos que s�o a marca registrada do som Pendragon.

Al�m dos discos citados, o grupo tamb�m lan�ou atrav�s do seu selo uma colet�nea de compactos, raridades e lados B (The Rest Of Pendragon, 1990), duas colet�neas de demos do in�cio da carreira (Once Upon A Time... In Engalnd, Volumes I e II), dois discos ao vivo (Live In Lily the Very Very Bootleg, 1993) e um DVD (Live In Krakov � 1997, tamb�m dispon�vel em CD).

H� tamb�m dois EPs, que tem temas in�ditos e vers�es editadas de m�sicas dos CDs principais: Fallen Dreams and Angels (1994) e As Good As Gold (1997).

Em 2006 o baterista Fudge Smith deixou a banda e foi substitu�do pelo novato Joe Crabtree, que estrearia durante a tour de Believe(onde ficou registrado o DVD ...And Now Everybody To The Stage em 2007). Ainda em 2007 o grupo relan�ou o cl�ssico The Jewel, totalmente remasterizado, nova capa e com duas m�sicas extras. Na tour que se seguiu v�rios antigos membros tocaram com a banda diversas vezes, como John Barnfield e Rick Carter, resultando no aclamado DVD Past & Presence. Pouco depois Joe Crabtree saiu e foi substitu�do pelo veterano Scott Higham.

Texto : Tarc�sio Moura

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