Campo Di Marte |
Italia |
Grupo italiano que, como aconteceu com muitos outros grupos da época, realizou um único trabalho e logo depois desapareceu, deixando uma das melhores produções para a música prog.
Depois de 30 anos da gravação de seu único trabalho, o grupo está de volta e promete um disco duplo ao vivo para o fim desse mês de outubro. Um cd será do show de 1972 no "Space Electronic" na Itália e o outro do mais recente show da banda realizado nesse ano em "Toscana". A nova formação conta com os membros originais "Enrico Rosa" e "Mauro Sarti", além de "Eva Rosa", "Martin Alexandre Sass" e "Maurilio Rossi". O grupo surgiu em 1971, em torno do guitarrista e vocalista "Enrico Rosa", neto do maestro da orquestra e coral de Milano na época, e que antes de montar o "Campo Di Marte" tocou nos grupos "Senso Único" e "La Verde Stagione". O "Campo Di Marte contava ainda com a participação dos músicos "Mauro Sarti", "Alfredo Barducci", "Carlo Felice Marcovecchio" e "Paul Ursillo", conhecido na época como "Paul Richard". O som desse trabalho homônimo mescla trechos bem acústicos com um hard que soa inesperado à primeira audição, havendo um contraste muito grande entre instrumentos acústicos e eletrônicos. As sete faixas do álbum estão nomeadas em tempos seqüenciais, completando-se cada faixa em uma única. Mas o grupo só conseguiu gravar o seu trabalho em 1973, dois anos do projeto já estar pronto, devido a problemas com a sua gravadora, a "Milano Recording Studio". Isso foi demais para músicos jovens que apesar de terem feito importantes shows, não quiseram continuar tocando com o grupo velho, encerrando a carreira do "Campo Di Marte" em 1974. Essas são daquelas coisas que só eles poderiam explicar... "Enrico Rosa" ainda criou um novo "Campo Di Marte" logo em seguida, com um estilo de fusão entre jazz e rock. Essa nova formação gravou um segundo LP, totalmente diferente das músicas da formação antiga e até foram convidados para excursões e alguns shows. Mas a gravadora não quis liberar o álbum, que considerava muito futurista e não-comercial, e até hoje essa preciosidade ainda não foi editada. Depois desse fato "Enrico Rosa" partiu para a Dinamarca onde teve uma longa atividade como guitarrista de jazz e participações em apresentações de música clássica. O trabalho de 1973 foi reeditado pela "Mellow Records" em 1994. Ana Paula Vicentin |