Apesar de sua profunda origem psicodélica no Wilde Flowers (1966),e muitos apontarem o apogeu da banda na sua primeira fase,com o visionário Daevid Allen, eu ainda creio que a banda realmente atingiu o topo na segunda fase,muito mais madura e consistente.
Na primeira fase passaram grandes músicos e os discos são altamente lisérgicos.Nem por isto deixam de ser técnicos, devido justamente ao alto nível de formação destes mesmos artistas.Soft machine Vol. I, II e III tem teclados que lembram muito alinha do The Nice, apesar da improvisação ser bem mais evidente.Os bateristas sempre foram um ponto alto deste grupo.
Mas o bicho vai pegar quente mesmo a partir de Soft Machine Vol. IV,
com a banda totalmente reformulada em nova versão, a saber com os monstros John Marshall (dr), Karl Jenkings(k), Roy Babbington (b) o qual tive a oportunidade de conhecer nos anos 80 rapidamente num show com Stan Tracy Quintet no Teatro Municipal C.C.C. de Campinas,
John Etheridge (g) e Alan Wakeman (sax) ,primo de Rick Wakeman.
Com esta formação gravariam (IV, V, VI, VII, Softs e Bundles)obras primas do jazz rock progressivo.
Allen, logo no inicio, por motivos políticos (o cara era revolucionário de carteirinha...)deixou o grupo para formar outra perola do jazz rock: o Gong.
Passaram pela banda grandiosos nomes, que cito abaixo:
Robert Wyatt(dr), Mike Ratledge(k) , Kevin Ayers (b, v).
Praticamente em tour, passou todo outro grupo famoso (Keith Tippett Group), assinando como Soft Machine.Estes eram os músicos:
Elton Dean (sax), Mark Charig(trumpete), Nick Evans( trompa), Hugh Hooper e Lyn Dobson ( percussão,sitar, flautas e sax).
Estes músicos seriam os candidatos para fazer o Soft Machine III, mas isto não ocorreu como o esperado.
Apesar da fama deste disco, o grupo acima , dotado de grande capacidade jazzística, não participou da gravação deste referido LP.
O Soft Machine faz um jazz rock com virtuosismo a partir do IV, com o baterista John Marshall influenciando muito o som, pela sua grande habilidade técnica.
Elementos virtuoses e progressivos nos teclados e solos de guitarras e moog são ouvidos mais amplamente nesta fase imperdível, para os que ainda não conhecem o trabalho fenomenal deste grupo inglês!
(*) Knox om Pax
( termo latim esotérico que significa: compreenda quem puder !)