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Este é o quarto album do fenômeno King Crimson, banda liderada pelo brilhante guitarrista e mentor Robert Fripp.
A banda (se é que existiu uma) é mais um projeto satélite de Fripp, por onde desfilaram ao longo dos anos vários excelentes músicos,
já começando pelo brilhante primeiro LP de 1969 e chegando até o maravilhoso Lizard(antecessor imediato de Islands).
Esta fase do Crimson é deveras ruim...por que? Não há um núcleo concreto de músicos, há muita confusão quanto ao que seria desenvolvido neste trabalho e no posterior com a mesma formação(Earthbound) que também considero um dos piores momentos deles, a banda não define se vai pro erudito de câmara,pro jazz, pro fusion ou um atmosférico.
Falta talento, clima, melodia, tensão , peso,rock e acidez(característica das guitarras frippianas).
Basta se comparar esta música inevitavelmente com os 3 primeiros álbuns ou com os posteriores como Larks Tongues In Aspic(este é um furacão), Starless & Bible Black, e Red.
Ou ainda a terceira e fixa fase onde Bruford ,Belew e Levin destroçam uma nova sonoridade,chamada segunda fase ,que divide opiniões até hoje (alguns amam,outros odeiam).
Eu particularmente amei....Fripp se dedica ao minimalismo concreto onde há uma costura básica de guitarras na base, e um contraponto feroz por cima com a cozinha de Levin e Bruford arrebentando em anacruse.
E a cobertura fica ao encargo do exímio guitarrista Adrian Belew que ainda é dono de uma melódica e possante voz.
Islands e Earthbound são dois discos que eu não indicaria do King Crimson, apesar de ter pessoas que gostam destes trabalhos, mas que eu pessoalmente, apesar de achar a banda uma das mais brilhantes da história do progressivo setentista, não aprecio.
Confira se achar necessário!! |
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