Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Mark Wingfield vem sendo apontado pelas revistas e sites especializados em jazz como um dos mais criativos guitarristas modernos, com um estilo que mistura características e timbres de Terje Rypdal e Robert Fripp. Embora exista certa influência dos dois guitarristas no som de Wingfield, a maneira dele tocar é própria e seu estilo é marcante, bem como sua técnica e personalidade. Gary Husband apareceu como baterista do mestre Allan Holdsworth e depois se revelou um grande tecladista nas bandas de Billy Cobham e John McLaughlin. Em Tor & Vale (Pico e vales) os dois decidiram juntar forças para executar e improvisar sobre as composições de Wingfield e improvisar livremente usando guitarra e loops, e piano acústico. No livreto do próprio CD vem escrito que poderia ser um disco de Rypdal e Jarrett, o que eu acho injusto, Husband tem um estilo de piano muito diferente do de Jarrett, mas na maior parte do disco a música é bem intimista e os climas melancólicos e bucólicos da guitarra acabam lembrando Rypdal. Em algumas das faixas improvisadas, que chegam a ser algo mais intensas, o piano chega a lembrar um pouco Louis Andriessen, menos repetitivo, mas o CD transmite grande paz e tranquilidade, em todas as faixas. Um disco de jazz ou de excelente música, em que é muito difícil saber o que é composto e o que é improvisado, dada a grande e plena interação entre os músicos.
1 Kittiwake
2 The Golden Thread
3 Night Song
4 Tor & Vale
5 Shape Of Light
6 Tryfan
7 Silver Sky
8 Vaquita
Mark Wingfield – guitarra e sons
Gary Husband - piano
|
|