Ótimo trabalho, disco de cabeceira
Inspirado pela crença de que a humanidade estaria perpetuamente presa a seu Karma, de constante evolução, porém inevitavelmente pautado por finais e recomeços, questionamentos e dúvidas, o grupo Nexus retorna à cena depois de cinco anos com algumas modificações em sua formação que, de certa forma, inpuseram ao grupo a necessidade de reformular certas características de sua orientação musical.
É bem verdade que na suite "El Regreso" da coletânea "Odyssey - The Greatest Tale" , o grupo já nos dava sinais de como iria suprir a ausência da vocalista Mariela Gonzalez, fazendo uso de narrações e coros e sem recorrer a um novo vocalista, porém nesse novo trabalho, penso que a fórmula se consolida, se nos trabalhos anteriores a parte instrumental já merecia grande destaque, agora ainda mais, o guitarrista Carlos cumpre a função de novo vocalista porém sem a necessidade de impor um estilo, as letras apenas funcionam como uma orientação ao ouvinte de tudo aquilo que está sendo executado pela banda, e é exatamente isso que o Nexus faz de melhor, suas composições nos transmitem as mais diversas emoções e sentimentos através de melodias extremamente bem trabalhadas, com um dinamismo ainda mais intenso ao longo de inspiradíssimos arranjos sinfônicos.Suas composições parecem conter todos os elementos de um drama, com início, meio e fim, o que convenhamos é coisa rara nos dias de hoje, mesmo dentro do universo progressista.
Evidentemente o destaque fica para Lalo Huber e seus ataques de timbres analógicos, penso que Lalo é um dos mais destacados tecladistas do movimento progressista na atualidade, e os maravilhosos e melodiosos solos de Carlos Lucena, ambos evidentemente muito bem acompanhados por Daniel e Luís. |
|