Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Com certeza o trabalho mais conceitual e progressivo do grupo, já começando pela belíssima e sugestiva capa (um bailarino dançando sobre um cérebro exposto!!)ou seja, os dois hemisférios cerebrais!
Geddy Lee (baixo, vocais e synths), Alex Lifeson (guitarras e synths) e o virtuosíssimo Neil Peart (batera e letras) destroem de cabo a rabo neste disco.
Aliás uma coisa que esta banda usa muito em comum com o Gênesis , são as pedaleiras Taurus Bass Moog, que seguram os baixos , para que os músicos tenham maior performance e desenvoltura ao vivo, criando mais estrutura e densidade nos arranjos. Lee e Lifeson usam o tempo todo este instrumento alternando climas que podem ser utilizados como sintetizadores nos pés, pois elas são sofisticadas e tem timbres variados nos seus programas.E sua sonoridade é única como a do
Mellotron.São parecidas e inspiradas nas pedaleiras dos órgãos de tubo (Catedrais).
Uma apoteose sonora,complexa, intrincada, com contra-tempos e divisões rítmicas (convenções)característicos da banda, e atmosferas criadas com os teclados de altíssimo nível, fazem deste CD um dos mais belos trabalhos do grupo.
Não há o que se destacar aqui, mas pro meu gosto, o ponto alto fica na última faixa, que é quase um hino do grupo, La Villa Strangiato.
Aqui o trampo de batera e baixo na cozinha merece louvores.E no mais, a dinâmica progressiva desta faixa é altamente inspiradora, e com muito bom gosto.
As colocações dos "little bells" por Peart marcando o tempo para Lifeson e Lee desfiarem o tema são muito características do trio, que faz o mesmo na famosa YYZ (CD Moving Pictures).
A faixa tem quase 10 minutos de pauleira ,solos belíssimos de guitarra e ficou martelando muito tempo na minha cabeça nos anos 70.
No disco há desfechos sonoros climáticos como bombas, vozes eletrônicas, camas de teclados ,enfim, muito bem dirigido e colocado dentro dos parâmetros progressivos.
Obra que deveras inspirou uma pá de músicos.Pode conferir. |
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