Discoteca básica, fundamental
Um dos melhores e mais autênticos trabalhos dos anos 70, este é o primeiro registro do índio gênio, compositor, poeta , revolucionário e exímio compositor Beto Guedes.
Surgido do famoso reduto do Clube de Esquina de Minas Gerais, na minha opinião, este seria o representativo específico do rock progressivo nacional.
Juntamente com nomes como Lô Borges, Milton Nascimento, Vermelho, Flavio Venturini,Ronaldo Bastos, entre outros grandes músicos e poetas, surge este maravilhoso e profundo trabalho, tanto nas letras quanto musicalmente perfeito!
Sim, há órgãos hammond, moogs, violões de 12 cordas, guitarras, pianos lindos elétricos e acústicos,um baixo incrível e melancólico, camas atmosféricas e muita letra viajante.
Aliás Guedes canta, toca guitarras, baixo, bandolins,entre outros instrumentos, além da voz peculiar do Jon Anderson brasileiro.
Aqui se pode ver a simbiose com o Terço e 14 Bis que possuem muito dos músicos em comum.
Músicas como Lumiar, Chapéu de Sol, a Página do Relâmpago Elétrico, Maria Solidária, entre outros clássicos, remetem o ouvinte ao cheiro da terra molhada por uma chuva passageira, um vento na calada da noite na beira de uma fogueira, contando papo, tomando uma e fumando um!!
Aliás este disco é a cara dos setentão, nas fazendas e festas que rolavam nas chácaras e sítios obrigatóriamente todo fim de semana.
Um marco do rock nacional que jamais deve ser desprezado.Ouça com urgência, pois é uma pérola que marcou muita gente que curtiu o índio nos anos dourados!
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