Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
O que mais me deixa indignado hoje em dia é a superficialidade com que as coisas fluem e os trabalhos musicais são ouvidos....Uma enorme quantidade de informações e pouca qualidade na hora de ouvir ou desfrutar.
.Normalmente para se apreciar um trabalho musical eu ouço muitas vezes ou mais,quero saber detalhes da proposta do compositor, estilo, e formação, além da técnica empregada.
Mas quando percebo que o trabalho é piegas, já de cara nem resenho ou evito,pois prefiro gastar meu precioso tempo ouvindo as belas obras.Por isto minhas resenhas tem notas altas.Eu seleciono muito bem,pois de merda nossos ouvidos e sacos já estão cheios!
Além do mais, como músico, eu tenho um ouvido mais detalhado para as influências de cada autor.
Como é o caso deste disco maravilhoso, um dos mais bonitos eletrônicos sinfônicos dos anos 80.
Um trabalho minucioso feito com teclados espetaculares e uma técnica musical apuradíssima.
Constance (que era um homem como Walter Carlos que se transformou em Wendy nos anos 70) é uma grande intérprete.
Sua formação é descaradamente erudita (muito no bom sentido).
Este disco é inspirado nos Magnificat (Missas Medievais da liturtgia católica) óbviamente com uma roupagem e atmosfera espacial que de longe lembra Jean Michel Jarre ou Robert Schroeder.
Música eletrônica de primeira, com sequencers líricos e etéreos nas camas, mellotrons, corais sintetizados, ruídos cósmicos,etc....
A influência é sem dúvida do período barroco (Bach e Haendel),com muitos violinos sintetizados em polifonia.
São duas partes de quase 24 minutos cada, levando o ouvinte a uma sensação estupenda de elevação espiritual cósmica!
Um discaço que indico à todos apreciadores da música de teclados, erudita eletrônica e , de certo, aos que tem gosto apurado e curtam tanto a ousadia, quanto a música erudita! |
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