Ótimo trabalho, disco de cabeceira
Mais uma excelente banda Argentina invade o cenário, William Gray foi um pesquisador que trabalhou com ondas cerebrais e com a auto percepção de autômatos que batizou de "Tortoises"(qquer lembrança da banda americana de pós rock não deve ser mera coincidência), ele defendeu que a existência de conexões muito complexas poderiam levar o autômato a atingir algum grau de consciência.
O disco é conceitual e a estória é sobre alguém( Living Fóssil ) que, marcado por tragédias, não entende o mundo atual, não entende as injustiças e tudo o mais, no encarte há uma HQ que ilustra o desenrolar de tudo.
O som da banda é moderno, em uma linha muito próxima ao neo, porém muito complexo com inúmeros interlúdios acústicos instrumentais e outros compostos exclusivamente por corais que permeiam uma sonoridade épica e muitas vezes mais "nervosa" ao longo de todo o trabalho.
O instrumental da banda é orientado para o neoprog apesar das inúmeras inserções de Hammond e Mellotron sampleados(bem sampleados por sinal), o diferencial fica por conta de um quarteto de cordas(2 Violinos,Viola e Cello) que além da execução em conjunto tb se apresentam em forma de solos de violino e violoncelo o que confere uma atmosfera mais escura(cello) e erudita, além disso tb há o acompanhamento por um pequeno coral de seis vozes( 1 soprano, 2 contraltos, 2 tenores e 1 baixo) e um flautista.
O tango no finaL é um bônus track, uma versão para uma das faixas do disco.
Trabalho recomendadíssimo e seguramente um dos melhores de 2007.
E a Argentina segue inovando e muito no cenário progressivo. |
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