Fantástico, vai rolar direto no meu som
Double Negative é o mais recente CD do The Muffins, e o segundo lançado desde que a banda voltou em 1998, após 20 anos parados. Esse é o primeiro trabalho da banda gravado totalmente em formato digital, direto em disco rígido e também o trabalho mais longo, com 75 minutos, divididos em 17 faixas. Além do quarteto clássico que é formado por Dave Newhouse, Tom Scott, Billy Swan e Paul Sears, a banda conta com a participação em diversas faixas de dois saxofonistas da Sun Ra Arkestra, Marshall Allen e Knoel Scott; ainda conta com os convidados Doug Elliott no trombone e quarteto de cordas, incluindo Amy Taylor do Grits. O som do The Muffins mudou, pelo seu próprio amadurecimento e também por fazer uso das facilidades que a tecnologia digital oferece. Muitos dos meus colegas têm criticado os últimos trabalhos da banda pois eles não soarem mais como nos anos 70. Bom, é isso mesmo que uma banda de música progressiva tem que fazer, progredir, evoluir e mudar. Os teclados são usados para montar a base da música, com acordes curtos do orgão ou longos dedilhados no piano, lembrando loopings que funcionam como pano de fundo para os solos e duetos de saxofones, flauta e clarinete. Double Negative também trás a maior diversidade de estilo composional da banda, com temas de jazz, rock progressivo, música clássica, música popular americana, e com a insersão de temas clássicos do jazz e da música contemporânea, retrabalhados e transformados. As cordas são usadas em dose certa e com grande maestria. Bom, apesar das mudanças, ainda pode-se notar que a banda continua a ser The Muffins. Um CD para ser apreciado com calma e a atenção merecida. |
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