Ótimo trabalho, disco de cabeceira
Defendo, já a algum tempo, a tese de que a influência do Yes na música sinfônica americana foi algo bastante ruim, pois atrapalhou bastante as bandas daquele país na conquista de uma identidade própria e venho observando em resenhas de sites de todo o mundo o crescimento dessa consciência.
Não que uma influência possa ser algo tão ruim assim, mas o fato é que no caso de muitos grupos aconteceu uma confusão envolvendo influência e clonagem.
A partir desse ponto é que iniciamos a apreciação de sse novo trabalho do Glass Hammer, sim mais um, e o mais incrível é que já existe um mais novo lançado. Na verdade os caras parecem bastante entusiasmados e isso dentro do cenário atual é ótimo.
"Culture of ascent" começa com um cover de South Side of the Sky do Yes, ok uma bela homenagem em uma bela versão, seguindo adiante o disco é composto de mais cinco temas, duas longas suítes e outras três faixas onde é possível notar o momento especial vivido pela banda, em todos os temas o rock progressivo sinfõnico é exercitado com o uso de lindas texturas obtidas através do trio de cordas que acompanha a banda de forma destacadíssima e os músicos não deixam por menos em nenhum momento, o tecladista Schendel é uma verdadeira usina de timbres que são impostos com peso analógico apesar de sua geração em sistemas digitais, o baixista Babb reverencia o mestre Squire em cada acorde e dessa forma podemos desfrutar do peso com que o instrumento merecia ser sempre tratado, o guitarrista Wallimann aparece bem, sempre que convidado a participar e os vocais de Carl e Susie são os característicos vocais americanos e poderiam estar um pouco mais ausentes nmo.
Enfim o novo trabalho irá agradar em cheio ao público da banda, ou seja, sem grandes surpresas mas com produção impecável e um desfilo repleto de lindas melodias e variações. |
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