Theo Travis - Double Talk - Progbrasil

Theo Travis

Inglaterra




Titulo: Double Talk
Ano de Lançamento: 2007
Genero:
Label:
Numero de catalogo: 33jazz166

Revisto por Renato Moraes em 10/03/08 Nota: 8.0

 

Ótimo trabalho, disco de cabeceira

Theo Travis é o saxofonista que substituiu Elton Dean no Soft Machine Legacy e este é seu oitavo CD. Além do Soft Machine Legacy, Travis já tocou com Gong, Porcupine Tree, Palle Mikkelborg, Jade Warrior, Steve Wilson, David Sinclair, só para citar alguns. Nesse CD ele lidera um quarteto em que ele toca vários saxofones, flautas e clarinetes e é acompanhado por guitarra, bateria e Hammond; de quebra temos Robert Fripp fazendo soundscapes em três faixas. Travis mixa elementos do rock das bandas de nas quais ele tem participado, além de jazz e improvisos. O uso somente de Hammond imprime a esse CD um som muito especial, sem que Pete Whittaker dá excelente sustentação de fundo para a banda com o Hammond e tem muito groove nos seus solos, principalmente na faixa The Relegation of Pluto. Mike Outram tem estilo próprio na guitarra e consegue fazer uma base suave quando necess’ario, como em algumas partes de And So It Seemed, ou solar pesado e com certa distorção como no início da mesma faixa. As composições de Travis não são tão nervosas quanto as que o mesmo fez para o último Soft Machine Legacy, são mais ritmadas, e muitas vezes o sax é usado para imprimir rítmo à música. Ele usa diversos saxofones, clarinetes e flautas, mas sola principalmente no sax soprano. Alguns destaques do CD são o cover da música See Emily Play do Pink Floyd, a qual foi composta por Syd Barrett, em que Travis usa sax wah-wah e a música ganha arranjo interessante. A participação de Fripp é feita em três faixas e em uma delas, Oblivionville, ele assina a co-autoria de Travis; nessa, a combinação dos soundscapes de Fripp com a flauta de Travis concretizam alguns dos melhores momentos do CD, os soundscapes são substituídos gradativamente pelos outros membros da banda que entoam um groove-jazz calmo com solo bonito de saxofone e com a cozinah com certa levada de bossa-nova. A melhor faixa em que Fripp participa é The Endless Search, dueto de soundscapes e flauta muito interessante, para viajar. Em Palledream, dedicada a Palle Mikkelborg, os soundscapes concentram-se no começo da faixa, junto com o sax soprano, a banda entra e os soundscapes vão sumindo, e o solo de sax soprano com wah-wah é muito bonito.
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