Fantástico, vai rolar direto no meu som
Curlew foi formado no início dos anos 80´s pelo saxofonista George Cartwright, passou por muitas mudanças de formação ao longo dos anos e hoje só conta com George da formação original, mas nomes como Fred Frith, Anton Fier, Tom Cora, Bill Laswell, Wayne Horvitz, Davey Williams, Nicky Skopelitis, Pipinn Barnett e Fred Chaloner já fizeram ou fazem parte da banda. Em todos os CD do Curlew a originalidade comanda, mesmo as músicas complexas com solos e improvisos, o swing é tão bom que muitas vezes dá vontade de dançar. Mercury, lançado em 2003, é o primeiro sem o guitarrista Davey Williams, aqui substituído por Dean Grandos que começa detonando no CD com ataque nervosíssimo da faixa Still, seguido por solo de sax de George. Funny Money começa com guitarra funkeada, e enquanto o baixo segura rítmo mais simples, a bateria faz algo mais complexo; os solos gritados de sax vão se alternando com os da guitarra e teclado. Série de harmônicos na guitarra abrem Leaven a tensão inicial dá a impressão que a música vai decolar para metal ou jazz-rock pesado, mas continua com algo New Orleans, meio estranho, meio dançante; uma das faixas mais interessantes do CD. Call é composição curta de George, com teclado bonito, ao longo da faixa temos free e groove-jazz se misturando. Late Date é a típica música do Curlew, começa com com rítmo dançante e muito swing, e isso progride para o jazz complexo, com riffs e solos fulminates, para deixar todo mundo na pista de dança sem saber o que fazer, até serem salvos pela volta do tema dançante. Ainda tem mais quatro faixas ótimas. Fred Chaloner adicionou muita dinâmica à banda, e embora Davey Williams seja excelente, Dean Granjos trouxe muita energia e coisa nova para o Curlew. Davey não saiu da banda, só não pode gravar esse CD. Infelizmente, Curlew não recebe toda a atenção que merece e para os amantes do downtown jazz, Mercury é especial. |
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