Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Primeiro CD, espero que dentre muitos, da super-banda internacional formada por Raoul Björkenheim (guitarra e viola da gamba), Trevor Dunn (baixo), Morgan Ågren (bateria) e Ståle Storløkken (teclados). Temos o guitarrista do Krakatau e Edward Vesala´s Sound & Fury, o baixista do Mr. Bungle, Fantômas, Secret Chiefs e Electric Masada, o baterista do Zappa Universe, Mats & Morgan Band e Kamikaze United, e o tecladista do Supersilent e Terje Rypdal´s Skyward. O CD contém seis improvisos selecionados de dois dias de gravações em Estocolmo, que foram feitas sem composições ou idéias iniciais e sem overdubs. A música foi gravada direta para gravadores analógicos, com mixagem analógica e sem truques feitos com pro tools ou qualquer outro programa de edição digital. O som é orgânico, cru, pesado e com muita vida. Na maior parte das faixas a palavra secreta é energia! Os improvisos soam como composições que foram ensaiadas por muitas vezes antes da gravação, pois a interação entre os músicos é espontânea e máxima. Raoul passa da guitarra para viola da gamba com versatilidade e seus solos são ágeis. Trevor Dunn lembra Bill Laswell, com baixo pesado e de marcação criativa, além de gerar climas pesados e macabros. Untitled 9 – abre o CD com efeitos de guitarra e teclados; baixo e bateria entram em com marcação forte e rápida, sendo que a batida de Morgan é tão precisa que chega a soar como ritmo eletrônico e sobre essa marcação os solos de guitarra e teclados vão se desenvolvendo de forma alucinante e beira algo entre o free-jazz e o hard-core; após interlúdio calmo, o solo de viola da gamba catapulta o ataque dos últimos oito minutos (17´19´´). Untitled 11 – esse improviso curto e calmo, com a bateria em ritmo rápido marcado no chimbal e caixa, mas sem peso, enquanto Raoul, Trevor e Ståle brincam com efeitos e harmônicos (4´35´´). Untitled 7 – os teclados têm som de kalimba eletrônica que cedem lugar ao solo de Raoul sobre, novamente, o ritmo intenso de Morgan e o som súbito do baixo; os efeitos eletrônicos dos teclados alternados com os solos de Raoul são fantásticos (4´33´´). Untitled 3 – Duelo de solo de guitarra e de efeitos eletrônicos (4´30´´). Untitled 13 – Enquanto Trevor Dunn brinca com o baixo, Raoul entra com riff metal junto com a bateria até o final apocalíptico (3´05´´). Untitled 12 – esta faixa poderia ser trilha sonora para filme de terror; a bateria pulsa sem pressa, em galope moderado, às vezes, desconexa, mas forte e vibrante; o solo de teclado é digno do Dr. Phybes, enquanto o baixo gera clima pesado e deixa o solo da viola da gamba acabar com seus nervos (8´10´´). Acabou de sair e já está na minha lista dos melhores do ano.
Raoul Björkenheim – guitarra, viola da gamba
Trevor Dunn – baixo
Ståle Storløkken – teclados
Morgan Ågren – bateria
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