Shylock - Ile De Fievres - Progbrasil

Shylock

França




Titulo: Ile De Fievres
Ano de Lançamento: 1978
Genero:
Label:
Numero de catalogo: 4177

Revisto por Amyr Cantusio Jr em 30/05/09 Nota: 10.0

 

Discoteca básica, fundamental

Esta é uma banda, para ser mais exato,um Power Trio sinfônico, absurdamente competente,com um disco ímpar na produção totalitária francesa!

Quando recebi na época os dois LPS ( ou outro é o também lindo Giarlogues) me deparei com um tempo curto na ficha técnica de cada música.

Ou seja,um disco básicamente de curta duração musical.

Mas quando fui direto para a audição das bolachas, fiquei estupefato.O trio possui uma consistência melo-dramática instrumental incrível, com muita dinâmica e técnica.

O baterista é um monstro e pode ficar tranquilamente ao lado de um Phil Collins ou Curt Cress.

A densidade e trabalho dos teclados é maravilhosa,com trechos lindos, poéticos e sinfônicos de primeira.

A guitarra é sensacional, na linha de Fripp ou Hackett, fazendo esplendidamente um duo impecável com os teclados.O baixo é de apoio, muitas vezes feito nos teclados.

Mas a música que este trio fêz neste passado glorioso nada deve aos monstros como Yes, Gênesis ou Triunvirat, apesar de ser um grupo obscuro dentro da massa musical progressiva.Mostra também que os músicos atuais devem muito em termos de técnica e composição musical aos estudos desta arte.

A diferença da música setentista salta aos ouvidos críticamente superior à qualquer banda atual.Com raras exceções.Seria como ouvir um Trace ou Greenslade comparado à um Edith ou Asia...

Aliás bandas de tecladistas em linha de frente não mais existem, pela justa falta de estudo no instrumento capital, o piano.

E bateristas como os da era vintage nunca mais...Só no kraut rock alemão, dá para babar ouvindo a técnica dos mesmos.

Hoje as bandas neo- progr. são extremamente “destiladas”, a fórmula básica é mantida, mas sem recheio técnico depurado.

Voltando ao disco em questão, a gravação é excelente para a época, capa muito bela e sóbria.Cito aqui para terminar que a faixa título de 13 minutos, está para meu coração, entre as 50 melhores dos rock progressivo de todos os tempos e países.

Basta conferirem para saber que o que digo não é exagero!

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