Discoteca básica, fundamental
Fazendo uma análise profunda e retrospectiva do que EXISTIA antes do Genesis nos anos 60, a conclusão é que nada teria seria feito semelhante a este belissimo álbum Trespass.
No rock progressivo anterior a eles citando Yes, The Nice, Pink Floyd, King Crimson, Renaissance, entre mais alguns figurões,a estrutura musical soa bem diferenciada.
Minha tese musical sobre este grupo, o qual considero um dos melhores do mundo, é que o som mais aproximado deles que os influenciaria na METAFISICA e CONSTRUÇÃO MUSICAL, seria o Van Der Graaf Generator.
Em primeiro pelo Van Der Graaf ter lançado já em 1969, o fantástico Aerosol Grey Machine com temáticas underground dark, e metafisica profunda, a qual o Genesis usaria por exemplo em Nursery Cryme e Foxtrot.Vide que o primeiro album do Genesis da mesma época soa fraco, como um Bee Gees perto do Graaf.
Em segundo o órgão é o instrumento em comum de ambos os grupos , com intricadas e significativas passagens melódicas similares.
Em terceiro a vocalização eclética de Hammill , bem como os efeitos em que usa na voz, influenciaria Gabriel no Trespass a usar por exemplo phasers na voz.Ambos os grupos estreariam pela bela Charisma label.
A diferença básica entre o Genesis e Van der Graaf seria que o primeiro tem guitarristas de alto nível no time, em destaque, guitarras acusticas intrincadas como é o caso de Trespass com Anthony Phillips fazendo um monumental trabalho.
Apesar de Hammill tocar guitarras, não são de doze, cordas , nem tem o recheio sofisticado de cordas como o Genesis tem.
A priori, falar do álbum Trespass é falar de uma banda que toca precisa, certeira, delicada e intrincada ,ao mesmo tempo em que esboça passagens densas e pesadas como em The Knife.
E momentos oníricos e sublimes como em Stagnation.
A formação abaixo é excelente e daria rumo aos músicos sucessores de Anthony Phillips e John Mayhew para o que seria o Genesis definitivo em sua massa sonora.
Peter Gabriel - vocals, woodwind, percussion
Anthony Phillips - guitar, backing vocals
Mike Rutherford - bass, guitar, nylon, backing vocals
Tony Banks - keyboards, guitar, backing vocals
John Mayhew - drums, percussion, backing vocals.
John mayhew faz aqui um belissimo e complexo trampo de bateria, muito do qual seu sucessor Phil Collins utilizaria como fórmula para os futuros discos da banda.
E Anthony Phillips cria o estilo de guitarras que Steve Hackett aperfeiçoaria na sequencia dos albuns futuros. Acrescenta-se ainda o trabalho lindo e muito bem colocado de Peter Gabriel nas flautas e diretriz metafisica das letras, além do vocal único e bizarro que seria seguido por muitos grupos pela posteridade. Para finalizar, com este álbum o Genesis criou um estilo único e sui generis no rock progressivo, sendo que mesmo após a saida de Mayhew e Phillips, a banda seguiria com a mesmo catarse alquímica nos albuns seguintes, chegando na modificação máxima no fim de sua carreira promissora, com o disco The lamb Lies down on Broadway, onde o grupo está no auge da experiencia musical e criativa.Infelizmente com a saida de Gabriel, a banda perde sua grande estrela alquimica,faz bons albuns, mas nada mais como os anteriores. |
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