Bom, mas apenas para fãs ou admiradores do gênero
Já se passam mais de vinte e sete anos que ouvi esse disco pela primeira e o mais incrível é que o escuto com as mesmas percepções daquela época.
Foi um colega de cursinho que emprestou o vinil, estava detonadaço, mas valeu para gravar uma bela fita cassete que quase rasguei de tanto ouvir.
Aqui o Rush consagrou-se de uma vez, as vendas foram altíssimas, não sei se o Pentagrama da capa ajudou(a banda inclusive o adotou como símbolo), ou se o emblemático número 2112(igual de trás para a frente) criou algum tipo de expectativa, mas o fato é que o disco para mim não justifica toda a fama alcançada.
O impactante início da suíte 2112 não se sustenta ao longo de suas sete partes, inclusive a banda protagoniza momentos constrangedores nas partes III, IV e V onde ficam evidentes as falhas na composição com acompanhamentos pouco mais que pífios, enfim, mais uma vez o Rush demonstra sua pouca habilidade para compor longas suítes, os vocais de Lee seguem ácidos acima do que a música requer e definitivamente a banda não se encontra até o final.
Já na sequencia a coisa muda totalmente, com exceção de Lessons, a única realmente descartável, todas as outras quatro são espetaculares, desde as mais nervosas como Passage to Bangkok, The Twilight Zone e Something For Nothing até a inspiradíssima balada Tears a banda mostra sua verdadeira aptidão, temas mais curtos e diretos com solos rápidos e impactantes, cheios de efeitos.Aqui sim os músicos parecem integrados e suas interpretações casam perfeitamente, inclusive os vocais de Lee.
De qualquer forma, apesar do sucesso comercial, encontro o trabalho um passo atrás de seu antecessor.
|
|