Rush - A Farewell To Kings - Progbrasil

Rush

Canada
http://www.rush.com/




Titulo: A Farewell To Kings
Ano de Lançamento: 1977
Genero:
Label:
Numero de catalogo: 534628-2

Revisto por Renato Glaessel em 16/03/10 Nota: 7.0

 

Bom, mas apenas para fãs ou admiradores do gênero

Em 1977 o Rush decide mudar algumas orientações em seus trabalhos, para começar resolvem gravar o disco na Grã Bretanha com o engenheiro Pat Moran, embora ainda assistido pelo parceiro de toda a sua carreira Terry Brown.
Porém a preocupação com a elaboração de melodias mais trabalhadas é a grande diferença que pode ser notada nesse trabalho, os temas evoluem de forma um pouco mais concisa que nos trabalhos anteriores, também são adicionados alguns elementos mais artísticos; violões, solos e bases de teclado moog, que trazem muito bem vindas variações aos arranjos um tanto quanto lineares e característicos ainda de uma banda hard rock. Gedddy Lee por exemplo entendeu bem a idéia em relação aos teclados e ao baixo mas ainda tem dificuldade com os vocais, forçando exageradamente na interpretação das letras, coisa que evoluiria bastante nos álbuns posteriores, da mesma forma Lifeson mostra limitações para executar algumas idéias melódicas e falha também na escolha de alguns timbres, que acabam não valorizando algumas composições como seria de se esperar.
Outra característica é a mistura de temas que vai desde história e mitologia oriental até temas futuristas sobre viagens interplanetárias passando pela literatura e cinema do século passado.
A música de abertura, Farewell To Kings, tem uma interessante abertura de violão com sonoridade barroca interpretada por Lee de forma muito especial, à partir daí a música retorna ao som característico da banda, com bastante energia, na sequencia Xanadu traz um bom instrumental intercalando solos de guitarra e teclados, esses últimos bastante discretos e comedidos(até demais), Closer To The Heart é aquela balada rock bastante característica e de refrão pegajoso, Cinderella Man apesar das bases de teclado do início também retorna ao som habitual da banda com solos não exatamente dos mais criativos, Madrigal é um tema curto, com bases de teclado que funciona mais como uma faixa divisória entre o início do álbum, inspirado em temas do passado, e a suite futurista final Cygnus X-1, que em sua parte inicial nos traz climas instrumentais mais progressistas e introspectivos, porém, sempre com dificuldade para evoluir os temas, a banda se utiliza de sua característica de emendar canções sem nenhum fio condutor, chegando a picos hard e terminando a canção de forma abrupta, sem uma devida finalização, algo bastante estranho, mesmo considerando que a banda retomaria esse tema no álbum seguinte.
Resumindo, fica clara a busca por novos rumos mas também fica clara uma grande desorientação musical, falta unidade ao trabalho, apesar de belos momentos aqui ou ali, também vejo Lifeson um pouco perdido dentro dessa nova orientação, coisa que iria se acomodar nos trabalhos seguintes.
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