Discoteca básica, fundamental
Escrever sobre um disco consagrado e não ficar chovendo no molhado é um grande desafio, aqui o Rush atinge um novo degrau artístico, as semente plantadas em Hemispheres e Permanent Waves maturam no sentido de uma concepção mais sóbria, as faixas ganham contornos mais dramáticos com temas mais aprofundados do ponto de vista da estrutura musical, com forte presença de teclados, proeminentes como nunca.
O fato é que o Rush estava perto de seu limite, dentro do formato assumido pela banda não havia como seguir muito além, seria necessária uma re-estruturação, um novo músico no time, um tecladista ? Não, essa idéia eu acredito que não passava pela cabeça dos músicos, haviam atingido um excelente nível de resposta, Moving Pictures é um presente para os novos e velhos fãs, e seguramente acreditavam estar no caminho certo, e realmente estavam, porém certas restrições lhes seriam impostas e isso poderia interferir nos rumos futuros, mais ou menos aquele ponto onde mudar não é opção, porém seguir adiante traz sérios riscos.
Comentar músicas como Red Barchetta, Camera Eye, YYZ, Witch Hunt ou hinos como Tom Sawyer é perda de tempo, não há como questionar seu valor artístico, dessa forma até boas faixas como Limelight soam talvez um pouco desfavorecidas na comparação e Vital Signs apareça um degrau abaixo das demais, mero detalhe.
Discoteca básica do hard progressivo, bem ao estilo criado por eles mesmos.
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