Bom, mas com ressalvas
Oriundo de Leeds, Inglaterra, Guy Manning é um cara claramente influenciado por Jethro Tull. A maioria de suas músicas tem elementos acústicos, como flauta, violão, piano, além de violino e sax que aparecem de vez em quando, misturados a outros elementos eletrônicos, como sintetizadores e guitarras. Até seu tom de voz lembra um pouco o do Ian Anderson.
Essa mistura não é novidade, mas é executada com grande competência, e sua obra não se resume a uma simples cópia. O cara já lançou discos conceituais (que fizeram a alegria dos mais fanáticos pelo progressivo) e outros com propostas mais simples, quase sempre mostrando boas melodias vocais. Todos seus discos são bons de ser ouvidos, mas Songs from the Bilston House, lançado em 2007, me parece ser seu disco mais equilibrado.
Curiosamente, a faixa que abre o disco e empresta o título ao álbum é a menos representativa. Não é uma música ruim, mas não apresenta uma grande melodia vocal. A coisa esquenta a partir da segunda faixa, "The Calm Absurd", o que é ainda mais curioso dado seu título. Duas pérolas se sucedem, tanto "Lost in Play" quanto "Understudy" estão entre as melhores canções já gravadas pelo compositor.
As demais músicas também são legais, mas "Icarus & Me" e "Pillars of Salt", além das duas já citadas, se sobressaem em relação às demais. Entre discos conceituais e outros nem tanto, fico com este que não tem proposta tão ambiciosa mas que ainda assim apresenta trechos de rock progressivo com influência consagrada e uma produção moderna que agrada à maioria dos fãs do gênero.
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