Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Stefano Lupo Galifi-Voz
Elisa Montaldo-Teclados
Fabio Gremo-Baixo
Giulio Canepa-Guitarra
Paolo Tixi-Bateria
Convidado:
Antonio Fantinuoli-Violoncelo
Em 2000 os fãs do Museo Rosembach foram pegos pela notícia de um novo álbum, a notícia encheu de esperança a todos aqueles que sempre lamentaram a curta carreira de uma banda incrivelmente celebrada e reverenciada, seu álbum Zarathustra de 1973 é considerado por muitos o maior trabalho do progressivo italiano e isso sem nenhum exagero. Ocorre que nesse trabalho de 2000, denominado Exit, havia uma ausência imperdoável, o fantástico vocalista Stefano Galifi. Exit tornou-se um disco apenas razoável para não dizer decepcionante, já que o caminho escolhido pelos membros originais, o baixista Alberto Moreno e o baterista Giancarlo Golzi, era de uma sonoridade um tanto quanto moderna para aquilo que esperavam os fãs.
Quando todos já contavam com a aposentadoria da banda e seus membros, Stefano Galifi surge do nada e canta em uma faixa do novo disco do Delirium de 2009, intitulado Il Nome Del Vento.Toda essa movimentação ocorria em paralelo às atividades do novo projeto capitaneado pela tecladista Elisa Montaldo e batizado de Il Tempio Delle Crlssidre, que chegou a apresentar o Zarathustra na íntegra ao vivo em duas oportunidades.
Il Tempio Delle Clessidre, o novo projeto:
Todo o conceito musical do trabalho homônimo da banda está centrado em Zarathustra, a parte rítmica e suas divisões, as variações de andamento, a timbragem, as atmosferas, e claro, a interpretação única de Galifi, um dos vocalistas mais completos do rock, capaz de partir de uma ternura angelical até a fúria psicótica mais profunda e passando ainda pelos mais diversos estágios anímicos e respectivas interpretações. Galifi é fortemente inspirado pelo grande David Byron, inclusive o Museo interpretava diversos covers do Uriah Heep nos shows do início de sua carreira.
A interpretação e arranjos de Elisa Montaldo atingem seu ápice na faixa La Stanza Nascosta, praticamente toda levada ao piano clássico acompanhando a voz e com um final arrepiante, com violento ataque do mellotron e a voz de Galifi recitando os versos finais: Senza Sangre La Ferita Laperta Ja Tempo.
Meus caros, isso é rock progressivo em um de seus ápices, nada mais resta a dizer.
Destaque especial para a capa e trabalho gráfico de Maurilio Tavormina, concebida sob conceito de Elisa Montaldo e Fabio Gremo, repleta de conceitos e opostos a serem desvendados com calma e curtindo o magnífico som da banda.
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