Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
O show inicia com uma pegada mais rock com “King Of The Skies”, boa música para abertura, incluindo um riff algo Led Zep! Na segunda música, “Gluttony”, o prog vem para ficar de vez! É uma canção com muita influência do Yes e ótimo trabalho do tecladista Rob Reed e do guitarrista Chris Fry, que nos conquistam de vez. Na seqüência, “Demons” é uma música mais curta que mostra uma inspirada introdução com duas guitarras (sim, há um guitarrista de apoio: Martin Rosser) e belíssimas melodias. Depois ainda há tempo para um ótimo solo do guitarrista Chris Fry, noves fora a excelente performance da vocalista Christina. Vou aqui abrir um parênteses: a moça canta MUITO ao vivo (detalhe: com os pézinhos descalços) e é um show à parte. A ótima e relativamente desconhecida vocalista Christina é um dos destaques da banda, junto ao compositor-líder-tecladista Rob Reed (muito bom músico e compositor diga-se de passagem) e o guitarrista Chris Fry, este último também uma grata surpresa!
O show continua num crescendo: as músicas e a performance da banda vão ficando cada vez melhores. “Broken” é uma canção enérgica, curta e cativante, com vocal matador de Christina, e uma melodia que eu nunca canso de escutar. Depois seguem com a suíte progressiva “Children of the sun”, um dos pontos altos do show! É uma música complexa com cerca de 20 min de duração (a segunda mais longa do show), excelente composição com um belo instrumental, vocais de chorar e destaque para os solos ora melodiosos, ora incendiários do guitarrista Chris Fry.
A seqüência com “Overture” não deixa o pique cair: essa música começa com uma levada mais rápida e bem interessante, e depois cai para uma deliciosa balada prog! “Genetesis” é outra canção onde se percebe as influências (mas não clonagem) do Yes e Gênesis no som do Magenta. Prog sinfônico da melhor qualidade com ótimas atuações do guitarrista Chris Fry e do tecladista Rob Reed.
“Call me” é um dos momentos mais suaves do show: toda a primeira parte da música é centrada na voz aveludada de Christina, apenas acompanhada do piano de Rob Reed. Quando a bateria entra, seguem-se belos solos de guitarra e teclados. “I´m Alive” é uma música incendiária, curta e com mais pique, uma belíssima melodia e mais uma interpretação forte de Christina.
“The White Witch” é a suite mais longa do show, com cerca de 24 min. Aqui encontramos todos os elementos que adoramos: uma composição muito bem trabalhada com climas e coloridos diversos, muito piano, solos de sintetizadores, variados solos de guitarra, além da voz e interpretação da Christina, perfeito!
O encerramento do show (1h e 48 minutos de duração total) é com a excelente “Pride”, com seus vocais e backing vocals caprichados, melodia e levada cativantes, ótimo instrumental e os solos do guitarrista Chris Fry e do tecladista Rob Reed, juntos e alternados. Fechamento com chave de ouro e gostinho de “queremos mais”.
Conclusão:
O Magenta é uma banda em ascensão: com toda certeza ainda não atingiu seu ápice. O trabalho que fazem já é bem consistente e bom. Embora a banda seja recente (mas com músicos experientes), ainda há muito tempo para amadurecer. Aguardemos o novo CD, “Home” (lançamento previsto para a metade de 2006) para descobrir que novas surpresas e delícias o Magenta nos reserva.
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