Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Don “Sugar Cane” Harris é uma lenda do violino elétrico. Embora não tenha tido tanto renome e sucesso quanto Jean-Luc Ponty, Sugar Cane é grande nome do violino associado ao jazz rock e ao rock do início dos anos 70. Em Got the Blues a banda que acompanha Harris nessa jam band de 1972 é formada apenas por ilustres como Volker Kriegel (guitarra), Terje Rypdal (guitarra), Wolfgang Dauner (teclados) Neville Whitehead (baixo) e Robert Wyatt (bateria). Nada mal, não? O disco foi originalmente gravado ao vivo em 1971 e Sugar Cane transpira energia em uma mistura de blues, jazz e rock. O som é de jamband (bem antes de falarem nisso) tocando a todo vapor, energia e com muito sentimento. São quatro faixas, começando com o blues-rock altamente energético Liz Pineaple Wonderful, em 10 minutos de solos furiosos sobre a bateria super viva de Robert Wyatt. Sugar Cane Got the Blues é uma balada com violino meio cigano que me lembra o mestre Grappelli. Song for My Father começa com solo de Rypdal, calmo e intimista, logo atropelado pelo violino de Harris, mas que passam a dialogar em composição cujo ritmo tem algo de brasileiro e é uma das melhores faixas do CD. Where s my Sunshine fecha o CD, blues que evolui para outra jam central como solo intenso de Sugar Cane. Uma das melhores coisas desse CD é ouvir a grande criatividade Robert Wyatt como baterista fora do Soft Machine e Rypdal em contexto rock-blues, diferente do seu free-jazz-rock da época. Novamente, re-edição com a qualidade impecável da Promising Music. |
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