Yes - Relayer Tour - Live at Q.P.R. 1975 - Progbrasil

Yes

Inglaterra




Titulo: Relayer Tour - Live at Q.P.R. 1975
Ano de Lançamento: 1975
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Gibran Felippe em 01/12/05 Nota: 10.0

 

Discoteca básica, fundamental

Desde há muito que eu venho travando contato com esse show oficial em
VHS do Yes, mas sempre a conta gotas, um amigo tinha alguma parte
gravada, outro tinha algo mais, mas nunca pude assisti-lo na íntegra,
até que recentemente encontrei o danado e enfim na íntegra, sem
cortes para a minha alegria máxima.

A abertura é grandiosa, algo típico do Yes com um estádio
completamente lotado, algo de apoteótico mesmo, recebendo um público
muito caloroso, com o sol ainda brilhando intensamente. Durante o show
de aproximadamente três horas, percebemos o dia raiando ao som
espetacular desse quinteto magnífico.

1. "Sound Chaser" - essa foi a música escolhida pelo grupo para abrir
o espetáculo e todos sabem que rola de tudo, desde jazz rock ao mais
puro progressivo com uma quebradeira impressionante, destaques para o
solo incidental de Steve Howe e na seqüência o solo do Patrick Moraz
destruindo de vez. O vocal do Jon Anderson está perfeito, sendo que
além de cantar ele ainda mostra desenvoltura nas percussões de base,
um verdadeiro auge logo pra começar.

2. "Close To The Edge" - temos aqui uma cozinha absurda com a
dobradinha de ouro Squire / White, impecáveis. Porém não posso
deixar de comentar um dos poucos pecados, que ocorrera justamente no
famoso solo do Moraz, isso eu já conhecia de tempos e ficou
simplesmente pavoroso, se não fosse o Steve Howe ajudando na guitarra
teria ficado pior ainda, a bem da verdade é que boa parte do solo de
teclado quem fez foi o próprio Howe na guitarra, afinal de contas, ao
lado de Jon Anderson, ele é criador desse hino. Fora isso, o Moraz
esteve bem nos teclados de base da música, onde não ocorreram
problemas, muito ao contrário, foram ótimos.

3. "To Be Over" - essa é do Jon Anderson, além de mostrar toda sua
maestria nos vocais, também toca uma viola com muita alma e
personalidade.

4. "Gates Of Delirium" - o nome já prenuncia tudo, um autêntico
delírio, sem dúvida o melhor momento do show, a banda estava
afiadíssima na execução dessa música e como não poderia deixar de
ser, pois tratava-se do carro chefe do álbum representativo da
referida turnê. Todos os detalhes foram executados com a maior
fidelidade para a alegria do público enfeitiçado.

5. "I?ve Seen A Good People" - tocaram apenas o primeiro movimento
para não deixar passar em branco e emendaram com...

6. "Mood For A Day" - Howe estraçalha!

7. "Long Distance Roundaround" - uma versão extremamente improvisada,
aliás, essa música sempre foi sinônimo de versões improvisadas, a
introdução foi tão diferente que ficou até difícil de identificar,
somente quando Howe mandou o riff da música que tudo ficou claro, aqui
quem dá as cartas é Chris Squire com uma linha de baixo super
quebrada e com timbres variados, em seguida emenda-se um solo realmente
fantástico do Patrick Moraz ao piano, totalmente jazzistíco, marcado
por um feeling alucinante.

8. "The Clap" - mais um momento para Steve Howe ser ovacionado!

9. "And You And I" - aqui temos o segundo pecado do Patrick
Moraz(parece que ele não ensaiou direito as músicas do "Close To The
Edge"), fez um solo de sintetizador que não teve nada a ver com a
música, ficou esquisito pra caramba, ao menos mostrou personalidade,
porque mesmo destoando completamente, mandou ver assim mesmo e não
ficou omisso durante a execução da música em que Howe mais uma vez
compensa o teclado.

10. "Ritual" - nesse momento é parar tudo e chorar! Nossa mãe, essa
versão ficou majestosa e aqui quem arrebenta é Patrick Moraz e temos
sim, o famoso solo do Steve Howe que rememora "Close To The Edge", logo
no início, mas tem que ter atenção para perceber a analogia.

11. "Roundabout" - iniciando o bis da banda com esse verdadeiro hit,
outro momento matador do show!

12. "Sweet Dreams" - surpreendente a lembrança dessa música simples,
mas que teve tudo a ver com os primórdios do grupo, mostrando que a
banda não se esqueceu dos velhos tempos e brindou o público com uma
bela versão com destaques para os vocais de Jon Anderson.

13. "Yours Is No Disgrace" - a música derradeira, onde temos um
estádio absolutamente extasiado por presenciar esse momento que já
entrou para a história do Yes e por que não... do próprio rock
progressivo, fecho de ouro de um evento memorável!

Obs. - A Courtesy by Marcello Rothery.
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