Discoteca básica, fundamental
Após o estrondoso sucesso de Moving Pictures o desafio agora era manter-se no topo, com empatia e qualidade, esse talvez tenha sido um dos maiores obstáculos a ser superado pelo grupo em Signals.
Em termos estruturais e artísticos a banda optou por seguir a mesma linha, Signals talvez seja o disco mais escuro de sua trajetória, os temas são em sua maioria sóbrios e grandiosos.
Signals costuma ser com frequencia vítima de uma daquelas bobagens consagradas de tanto que são repetidas, a de que e grupo exagerou nos sintetizadores, e que sintetizadores! Ora é só prestar um pouquinho de atenção nos álbuns anteriores para perceber que isso não é verdade, os teclados vem assumindo importância crescente desde 2112 e mais pronunciadamente desde Hemispheres, em Moving Pictures já atingem nível de igualdade na condução das melodias com as guitarras e isso foi uma opção estudada e necessária sob meu ponto de vista, Lifeson não podia mais sustentar todas as melodias sozinho, com isso seus solos ficaram mais elaborados, mais técnicos e contribuíram muito mais na evolução dos temas, enfim, uma questão talvez de gosto ou que uma visão exageradamente rock possa não concordar, mas do ponto de vista artístico foi fundamental.
Todos os temas são excelentes, Subdivisions, The Weapon, Chemistry e Losing It são hinos, verdadeiros épicos, essa última com a impagável participação do violinista Ben Mink do grupo canadense FM, The Analog Kid, Digital Man e Countdown são xcelentes canções e apenas New World Man me parece um pouco abaixo, coincidência ou não essa música liderou algumas paradas à época, coisas fáceis de se entender.
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