Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
O Deus ex Machina é uma das bandas italianas mais interessantes a surgir nos últimos 10 anos e pouco – um sexteto formado por vocais, violino, teclados (incluindo o poderoso Hammond), guitarra, baixo e bateria. Embora os músicos sejam excelentes, o destaque fica por conta dos vocais classicamente treinados de Alberto Piras, que canta em Latim e em Italiano, e tem sido (exageradamente, diga-se de passagem) comparado a Demetrio Stratos, genial e prematuramente finado vocalista do Area, em virtude talvez de seu estilo ao mesmo tempo arrojado e debochado. Neste quinto álbum de estúdio da banda (e primeiro a ser lançado fora da Itália, pela Cuneiform), o som da banda apresenta elementos tanto de hard rock, pela presença constante do orgão Hammod (estilo Deep Purple) quanto dos clássicos progressivos italianos, como PFM e Banco, pela combinação de sintetizadores, guitarra, violino e vocal marcante – sem deixar de lado as influências de Frank Zappa, da cena Canterbury e do jazz-rock em geral. No álbum anterior, “Equilibrio da Insofferenza”, a banda havia adicionado um naipe de metais em boa parte das músicas, o que dava uma pitada Zappeana mais evidente à sua sonoridade. Isso foi abolido neste novo trabalho, com o conjunto voltando à forma de sexteto, com estilo e som similar ao disco “De Republica”. Das oito faixas, três são acústicas. “Luce” é uma faixa instrumental para violão, baixo e violino, com um belo tema onde o violino é usado com muito bom gosto; “Olim Sol Rogavit Terram” (“O sol perguntou para a Terra”) é uma canção com duas versões: a primeira para violão e vocais, e a segunda para um trio de violino, viola e violoncelo, que servem de pano de fundo para os vocais de Alberto, que canta uma letra bastante apocalíptica. As outras cinco faixas trazem o melhor do o som intrincado e dinâmico do DEM, com muitos solos de teclado, guitarra e violino sobre a cozinha muito boa de Claudio Trotta e Alessandro Porreca. Dois destaques são as músicas “Il Pensiero che Porta Alle” (algo como “O pensamento que nos leva às coisas importantes”) – anunciada como um funk na NEARFest de 2000, mas que, apesar de ter um bom swing está longe de ser um funk – e “Rhinoceros”, uma faixa bastante “energética”, com uso brutal do órgão Hammond.
1 Convolutus
2 Rhinoceros
3 Uomo Del Futuro Passato
4 Olim Sol Rogavit Terram I
5 Il Pensiero Che Porta Alle Cose Importanti
6 Luce
7 De Ordinis Ratione
8 Olim Sol Rogavit Terram II
Alberto Piras - vocal
Magrino Collina - guitarra
Alessandro Porreca - baixo
Claudio Trotta - bateria
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