Ótimo trabalho, disco de cabeceira
Como sabemos o Rush sempre foi um grupo pouco fiel a suas origens, ou seja, pouco conservou de sua sonoridade original ao longo dos anos, não que isso tenha sido necessariamente bom ou ruim, certamente teve pontos positivos e outros negativos dependendo da ótica e da forma como se teve o primeiro contato com o som da banda.
Porém uma coisa é certa, essas mudanças sempre foram graduais, com a preocupação de não ferir os antigos fãs com mudanças abruptas, pois bem, em Grace Under Pressure o Rush definitivamente rompe com esses paradigmas e aposta em uma sonoridade mais de acordo com o momento. Talvez por conta dessa decisão acontece o final da parceria com o produtor Terry Brown, produtor/arranjador da banda desde o disco de estréia e inicia-se um trabalho com Peter Henderson.
A verdade é que depois do sucesso comercial de Moving Pictures a pressão aumenta muito, pois sabemos da dificuldade de manter-se no topo.
A primeira mudança que salta aos ouvidos é a sonoridade, a gravação é muito menos pesada, a equalização dos instrumentos muda, o uso de bateria eletrônica por Peart e o uso de teclados digitais de gosto duvidoso por parte de Lee, além de uma guitarra muito menos suja fazem com que o som se distancie drasticamente de sua sonoridade anterior.
Dessa forma muitos fãs se dividem em relação a esse trabalho, como um verdadeiro final da banda, mas não sejamos tão drásticos assim pois sabemos que não é verdade, o disco possui faixas espetaculares como Distant Early Warning, Afterimage , Red Sector A e Between The Wheels; as outras não estão no mesmo nível mas não deixam de compor o álbum com certa uniformidade.
Outra coisa estranha é assistir aos vídeos dessa tour, onde fica notória a mudança de postura da banda no palco, com dancinhas e coreagrafias que chegam a ser um pouco constrangedoras, mas o som é Rush, e os caras seguem os mesmos, apesar de tudo.
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