Bom, mas com ressalvas
Sanhedrin é banda israelense formada pelos irmãos Sagi e Aviv Barness para fazer um tributo ao Camel, mas pouco tempo após sua formação a banda começou a compor seu próprio material. A banda passou por diversas mudanças de formação e hoje é formada por quinteto com guitarra, baixo, bateria, teclados e flauta e sua música apresenta grande influência dos medalões do progressivo dos anos 1970, com a maior parte vinda do Camel, é claro, Jethro Tull e Pink Floyd, mas não seria demais adicionar Anglagard, Happy the Man e Kenso ao pacote. Em 2006 a banda começou a gravar seu CD que terminou em 2010, quando o material foi mixado e masterizado pelo grande Udi Koomran.
O CD não é muito original já que as influências são muito marcantes, mas é muito agradável de ser ouvido, com som muito límpido, excelente dinâmica, estéreo maravilhoso e bastante poderoso, qualidades que sempre estão associadas ao nome do meu chapa Udi!
Overture começa com sintetizadores e flauta marcantes, seguidos da guitarra pesada, e que logo nos primeiros segundos o pessoal vai ver que Camel é realmente a grande influência do Sanhedrin. Il Tredici é a faixa mais longa do CD e a dobrada no começo de teclado e guitarra no começo me lembra Camel e Tempano, mas quando a guitarra entra solando é Steve Hackett e Genesis que vêm a mente. Dark Age apresenta as influências da música folclórica européia, celta e escocesa/irlandesa, nos remetendo a climas bastante explorados pelo Jethro Tull e o uso do organ me lembra bastante do Thick as a Brick em algumas passagens. The Guillotine começa com a multidão clamando pela execução junto ao rufar dos tambores, mas deve ter tido alguma clemência pois a sequencia da faixa é tranqüila evoluindo para solo de guitarra bem floydiano sobre fundo bem space rock que é seguido de solo de flauta sobre mesmo pano de fundo, que vai se alternando com solos de guitarra. Timepiece tem clima bem leve com domínio de flauta sobre fundo de teclado e guitarra com som bem sinfônico e sintetizador com efeitos com som meio de inseto zunindo, bem anos 70, culminando com solo floydiano de guitarra, com slide. Sobriety é outra faixa com tema folclórico que lembra Jethro Tull e Focus. Tema é uma faixa curta executada por dois violões, que me lembra as faixas acústicas com execução mais clássica comum nos discos dos Steves, Howe e Morse. Steam começa e eu fico esperando o Jon Anderson começar a cantar, mas é a flauta quem aparece, seguida da guitarra mais pesada, sendo a faixa mais pesada do CD com passagens crimsonianas muito boas. A bateria é dominada por vários ton-tons e é acompanhada por baixo pesado em todas as faixas. Como escrevi no começo, o CD não é muito original, mas a execução dos músicos é ótima, som muito bom e tem todos os ingredientes de vários medalhões dos anos 1970 e deve agradar aos aficionados do rock sinfônico.
1. Overture 3.07
2. Il Tredici 11.46
3. Dark Age 6.18
4. The Guillotine 6.00
5. Timepiece 5.30
6. Sobriety 8.19
7. Tema 1.08
8. Steam 9.30
Gadi Ben Elisha: guitarra
Sagi Barness: baixo
Aviv Barness: teclados
Igal Baram: bateria
Shem-Tov Levi: flauta
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