Fantástico, vai rolar direto no meu som
Não é uma tarefa fácil analisar um disco de uma banda tâo querida como o Yes em pleno ano de 2011. Isso aconteceria com qualquer outra grande banda vinda dos anos 70 que lançasse um novo trabalho agora. Seja Pink Floyd, Genesis, EL&P, KC e Jethro Tull. É arriscado. Infelizmente é muito arriscado apostar, nos dias de hoje, nestas grandes bandas já que o medo de ficar desapontado no final das contas é muito grande. Não se sabe o que o que a unidade ótica dos nossos aparelhos revelaria.
Fly From Here, 19º trabalho de estúdio do Yes, traz uma banda com uma sonoridade bem diferente do que foi apresentado desde seu primeiro trabalho até o Going For The One. Não posso compará-lo aos discos posteriores a 1978(de Tormato até Magnification) mesmo porque são discos que não conheço. E sabem por que? Simplesmente tive medo de ficar decepcionado. Em 1978, Tales From Topographic Ocean, Going For The One, The Yes Album, Yessongs, Close To The Edge ainda ecoavam muito na minha cabeça. Me recusei a acreditar que o Yes, uma banda que aprendi a amar durante toda uma geração, vomitou uma "coisa" tão absurda com Owner Of A Lonely Heart. Com O King Crimson após Red, Pink Floyd após Animals, Genesis após Wind and Wuthering e tantos outros foi a mesma coisa. Enfim...
Bem Fly From Here não impressiona e está muito longe de ser um disco insequecível porém, não decepciona. É claro que Jon Anderson faz uma falta danada. Mas, Breno David e Trevor Horn seguram bem os vocais. A tonalidade da guitarra de Howe foi o que mais me chamou a atenção. Tem alguma coisa diferente ali e me arrisco a dizer que está bem próxima, em algumas partes, a Gilmour. Baixo a mil, teclados idem, bateria competente. É o velho Yes com uma "nova" roupagem(se é que vcs me entendem).
Fly From Here é um trabalho agradável, acima da média e bom de ouvir. Grande abraço.
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