Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Cheer Accident foi formado em 1981 e se estabeleceu como uma banda atuante desde 1984, lançando seu primeiro Lp Sever Roots, Tree Dies em 1988, e desde então venho acompanhando a banda. Cheer Accident é especial para mim, pois foi uma banda de rock progressivo com os pés na vanguarda que eu ouvi logo no começo e acabei seguindo até o presente. No ifs, ands or dogs é o 17° disco da banda e o segundo lançado pela Cuneiform Records. A música do Cheer Accident é única e eles conseguem misturar em boas doses música pop e rock progressivo, e dentro da parte do progressivo eles vão aos extremos, das passagens mais calmas e sinfônicas até intervenções pesadíssimas quem beiram o hard core, tudo feito com criatividade e bom gosto. Apesar de no novo CD o lado pop ser mais forte do que no CD anterior, tornando-o algo mais acessível, em virtude das melodias mais simpáticas que ganham mais força com os vocais de Carmen Armillas, o uso de dissonâncias e vocais masculinos, com passagens monocórdicas, nos remete ao som do The Residents, como na faixa Trial of Error, que ainda explora com maestria as possibilidades da bateria eletrônica. Como nos outros CDs as faixas vão se emendando, mas as mudanças de temas são claras e a grande parte das quinze faixas não passa de cinco minutos. Nesse CD além dos músicos da banda que são praticamente todos multi-instrumentistas, existe grande quantidade de convidados, totalizando 13 músicos, dando variedade na sonoridade da banda que explora sopros e percussão, com vários saxofones, trombone e trompetes. Os contrastes explorados no CD é que são um dos pontos altos do trabalho, como Sleep, canção em que a sobreposição de guitarras com vibrafone, piano e sopros nos uma mistura de post-rock com vanguarda e progressivo, enquanto a faixa seguinte Barely Breathing é rock-pop com órgão e batida quadrada bem anos 1960, ou em Salad Dies que explora o lado mais vanguarda da banda, com tempos e métricas complexas, repetições de motivos, que progridem para temas complexos pela sobreposição progressiva dos temas com diferentes instrumentos, criando algo minimalista em um dos momentos mais grandiosos do CD. Mesmo nos momentos mais pops, que muitas pessoas acabam apontando influência dos Beach Boys, a banda consegue adicionar uma batida estranha, ou uma passagem dissonante. No Ifs, Ands or Dogs explora contrastes e divergências, o lado pop, melancólico das canções e a energia da vanguarda. O CD vai rolar direto no meu som, um grande CD e excelente ponto de partida para essa banda.
1 Drag You Down
2 Trial Of Error
3 This Is The New That
4 Pre-Somnia
5 Sleep
6 Barely Breathing
7 Life In Pollyana
8 Death By Pollyanna
9 Drug You Down
10 Salad Dies
11 Post-Somnia
12 Cynical Girl
13 Go Gaunt Green
14 Empty Province
15 Provincial Din
Thymme Jones (vocais, teclados, sopros, teclados, bateria), Carmen Armillas (vocais), Alex Perkolup (vocais, baixo, guitarra), D. Bayne (teclados, trombone), Jeff Libersher (vocais, guitarra, teclados, trompete, baixo), Andrea Faught (vocais, teclados), Lise Gilly (saxofones), Todd Rittman (guitarra), Erik lavergne (guitarra havaiana), Tony Young (baixo), Noah Tabakin (saxophone), Terja Gartelos Stamatis e Laura Boton (vocais).
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