Fantástico, vai rolar direto no meu som
Parafernália é um quarteto de Brasília com grande influência das bandas de rock progressivo dos anos 1970. Coloque aí uma dose de Yes (circa Yes Album), Uriah Heep, Deep Purple, Genesis (circa Tresspass), EL&P e Gentle Giant, e voi la! O som é pesado, dinâmico e mesmo com as raízes evidentes, as músicas são bem compostas, com belo trabalho dos teclados, pois Pedro Moris sabe explorar os sintetizadores e o piano nas horas certas, enquanto os solos de guitarra têm leve sotaque de metal, o que se contrapõe de modo muito bom com a levada mais sinfônica dos teclados. A sessão rítmica é muito boa, segurando o som com grande destreza. Os timbres dos teclados e da guitarra lembram bastante a sonoridade dos anos 1970 e para completar o pessoal mixou uns estalos entre as faixas para termos a impressão que estamos ouvindo um bom Lp. O som sempre tem levadas apoteóticas, com clímax típico das suítes do rock progressivo, mas sem as levadas mais suaves de viagens sonoras típicas do Yes na fase Close to the Edge ou do lado mais jazzístico que havia nos discos do EL&P. A aposta aqui é na energia e dinâmica, que eu posso comparar a faixas como The Knife do Genesis, Look at Yourself do Uriah Heep, Yours is no Disgrace do Yes, entre outras.
1 – Verdade absoluta
2 – Longe de minhas ruínas
3 – Embebidos de fome
4 – Hoje é tarde (para Uari)
5 – O Elo perdido
6 – Quando o céu tremer de frio, veja sua verdadeira face na estrada
Pedro Moris – teclados
Rodrigo Figueiredo – guitarras e violões
Dado Nunes – baixos e violões
Janari Coelho – bateria
Convidado: Claudio Fernandes – flauta (4)
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