Discoteca básica, fundamental
O mais recente disco solo de Frédéric L Épée (Shylock, Philharmonie, Yang) é intitulado The Empty Room, um disco feito em um momento de luto, mas com músicas que não são tristes, mas sim reflexivas e cheias de sentimentos. Em doze faixas, L Epée explora o uso de diversas guitarras, com muitas sobreposições de gravações, sendo acompanhado ou não por colegas de suas bandas Shylock, Philharmonie e Yang. Nas faixas nada menos que a intensidade, complexidade, profundidade, beleza e a paixão ouvidas nas composições das bandas citadas estão aqui. Em Badong a música começa com violão fazendo a base, na qual vão se somam várias guitarras elétricas, sintetizadas, percussão, pelo próprio L Epée, bateria por Andre Fisichella (Shylock), e a música vai alternando momentos acústicos, líricos e mais suaves, com outros elétricos e intensos, terminando com grande intensidade do mais puro e belo rock progressivo. Para quem gosta de Shylock vai ter grande surpresa aqui. Inévitable Traversée é executada por trio com baixo, bateria e guitarras, uma versão curta da banda Yang, com belos climas, muitos dedilhados e belos solos de L Epée. Em Descending The Slow River só temos guitarras, algumas tocadas em estilo percussivo, nos dá a impressão de estarmos em um templo, construído com beleza e muita criatividade. Em Amour Et Dissolution, Delta, Hymne Aux Ancêtres 1., Treasured Wounds, Parle-Moi Encore, Hymne Aux Ancêtres 2. e Wegschippernd L Épée se apresenta sozinho, usando uma série de guitarras, efeitos, sintetizadores, pianos, percussão, etc, nos mais variados estilos, às vezes lembrando os intrincados contrapontos do Philharmonie, ou composições mais viajantes, de modo mais etéreo, ou introspectivo, ou plácido, ou de grande intensidade. Alguns dos momentos mais brilhantes do CD estão nestas faixas. As faixas em que L Epée é acompanhado por outros músicos são excelentes, normalmente trabalham na sessão rítmica e L Epée vai usando várias guitarras, elétricas ou acústicas e fazendo arranjos sensacionais, na mesma linha do que fez com as composições mais líricas do Philharmonie, mas agora ele faz sozinho todas as guitarras além de usar alguns teclados e guitarras sintetizadas. Esse trabalho mostra todo o talento e sensibilidade de Fréderic L Épée, não só como um excelente músico, mas principalmente como grande compositor. Impossível colocar no CD player e ouvir uma única vez. Altamente recomendado.
1. Badong (7:00)
F. L Epée - Guitarra acústica, Guitarra elétrica, Percussão, Sintetizador
Andre Fisichella - Bateria
2. Inévitable Traversée = Inevitable Crossing (4:27)
Nico Gomez - baixo
Volodia Brice - Bateria
F. L Epée - Guitarras
3. Descending The Slow River = En Descendant La Riviere Lente (6:28)
F. L Epée - Guitarra [NST Guitar], Guitarra [Flat Bells Technique]
4. Amour Et Dissolution (3:32)
F. L Epée - Guitarras
5. Delta (8:26)
F. L Epée – Guitarra [NST Guitar], Guitarra [Guitarra afinada tradicionalmente], Guitarra sem trastes, piano, Programação sonora
6. Hymne Aux Ancêtres 1. (3:15)
F. L Epée - Guitarras, Percussão
7. Treasured Wounds = Blessures Precieuses (6:48)
F. L Epée - Guitarra [NST Guitar], Guitarra sem trastes, sons
8. Mist = Brume (4:53)
F. L Epée - Guitarras acústica e elétrica
Nico Gomez – baixo sem trastes
9. Parle-Moi Encore = Keep Talking To Me (6:40)
F. L Epée - Guitarra, Piano
10. Souvenirs De Traversée = Memories Of Crossing (5:45)
Nico Gomez - baixo
Olivier Innocenti - Bayan
Volodia Brice - Bateria
F. L Epée - Guitarras, Piano, programação de som
Laurent James - Solista, Guitarra Ehru
11. Hymne Aux Ancêtres 2. (2:05)
F. L Epée - Guitarra sem traste
12. Wegschippernd = Sailing Away = Voguant Au Loin (1:04)
F. L Epée - Guitarras
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