Obra-prima, irretocável
2006 tem sido um ano cruel para os fãs da cena Canterbury, primeiro com a morte de Elton Dean e agora a de Pip Pyle. Para homenagear os dois estou apresentando a resenha do CD da banda Bash de Pip, com a participação de Elton Dean em duas faixas.
Bash não fez mais do que cinco ou seis apresentações e as faixas do CD foram tiradas de dois shows, a maior parte do Festival Le Triton, na França e outras duas do Progman Cometh Festival, nos EUA, ambos em 2003. Bash era quinteto com Pip na bateria, Alex Maguire nos teclados (agora substituindo Dave Stewart no Hatfield and the North), Patrice Meyer na guitarra, Fred Baker no baixo e trazendo Elton Dean em duas faixas.
Pip estava em forma impecável nesses shows, mas o grande destaque fica para as performances de Fred Baker, exímio baixista que lembra mistura de NicoAssumpção com Percy Jones, e Patrice Meyer extremamente versátil, segurando na guitarra base quando necessário e com solos que variam de calmos até explosivos. Apesar do nome Pip Pyle estar ligado ao “estilo” Canterbury, o CD Belle Illusion esta mais para o jazz, intimista e bem arranjado, como o segundo disco do Gilgamesh (Another Fine Tune...) do que para o progressivo do National Health ou Hatfield and the North.
Para quem gosta de energia pura irá se deleitar com a versão de Carousel, com a participação deElton Dean e intervenções mais arrojadas de Meyer. Excelente maneira de relembrar um dos mais importantes bateristas da cena Canterbury e o saxofonista do lendário Soft Machine. |
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