Discoteca básica, fundamental
Este foi o disco de estréia do grupo, lançado em 1993. Nos vocais principais temos a Mary Fahl, com sua voz marcante, forte, encorpada e delicada ao mesmo tempo, e que é uma espécie de marca registrada no som da banda. Sofisticadas harmonias vocais são, por sinal, uma característica também marcante em toda a música do October Project, já que todos os integrantes participam de alguma forma da parte vocal também. As guitarras são na maior parte do tempo semi-acústicas, mas há passagens com bonitos solos de guitarra elétrica também. Há uma forte presença de arranjos de cordas em quase todas as músicas, conferindo-lhes uma sofisticação toda especial. Igualmente digno de nota é o exímio trabalho de percussão, bastante proeminente na música do grupo, a cargo de Urbano Sanchez, bem como do competente baterista Chad Cromwell. Também digno de nota é o bonito tapete de sons proporcionado pelos teclados de Emil Adler (líder do grupo) e de Marina Belica, conferindo uma atmosfera quase prog em algumas faixas (já li, inclusive, que o Emil é grande fã do Genesis, talvez por isso mesmo o trabalho de sua banda seja assim tão sofisticado, com potencial realmente para agradar todo e qualquer fã de progressivo).
A exemplo de algumas bandas progressivas (Procol Harum, King Crimson, etc.), o October Project também tem letrista, a Julie Flanders (esposa do tecladista Emil Adler), encarregada especificamente de compor as letras das músicas. As belíssimas melodias ficam a cargo do Emil Adler, um cara com uma sensibilidade musical incrível.
Não é fácil a gente encontrar um disco que seja efetivamente impecável da primeira à última faixa, todas de alto nível realmente. Pois bem, neste disco TODAS as faixas são nota 10, sem nenhuma exceção. Difícil apontar favoritas no meio de tantas músicas bonitas. Bury My Lovely, Ariel, Where You Are, A Lonely Voice, Wall of Silence, Return to Me, Take Me As I Am, Eyes of Mercy, Be My Hero... só coisa fina realmente. |
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